A produção industrial e a utilização da capacidade dos Estados Unidos são sem precedentes. Não é nenhum segredo que a terra do “tio Sam” é uma das maiores potências do mundo e ferrenho competidor da China, cuja produção industrial também é enorme e que inunda o mundo inteiros de suas mercadorias. Os Estados Unidos são donos de um dos maiores mercados de consumo de bens e serviços de todo o globo, mais uma vez, juntamente com a China. Se mercado liberal, e toda sua engrenagem capitalista exige uma demanda de produção de larga escala, onde os produtos estão sendo produzidos cada vez mais rápido e exportados cada vez mais para o mundo todo. E o país, sabe sem sombra de dúvidas como explorar os seus recursos, tanto naturais, quanto tecnológicos em prol do desenvolvimento de sua indústria.
Dado o nível de importância que produção industrial e a utilização da capacidade dos Estados Unidos tem para o mercado mundial, nós decidimos explicar como ela funciona, além de mostrar aqui, um pouco de sua longa história.
Breve história da colonização como ponto para entendermos a industrialização dos Estados Unidos
O Estados Unidos foram um dos primeiro Estados do mundo a passar pelo processo da industrialização, e este fato, de uma certa forma, lhe gerou diversas vantagens. Porém, não foi somente este fator que fez com que o país se tornasse uma referência em produção industrial. A colonização do país também possui um papel importante se queremos compreender como se deu sua industrialização. Existiu uma diferença muito grande entre a colonização do Norte e do Sul. Como por exemplo em relação a colonização do Norte, temos um processo acontecendo em pequenas propriedades, com policultura, com mão de obra livre e assalariada, onde muitas pessoas que tinham vindo da Inglaterra já foram para o Norte com um ofício, isto é, uma formação profissional.
No entanto, no Sul a história foi diferente. As pessoas possuíam em mãos grandes propriedades, na maioria monocultoras, com presença de mão de obra escrava. Ou seja, as extremidades do país foram marcadas por colonizações completamente distintas, onde não somente a realidade de produção era distinta, mas o perfil das pessoas e o regime de trabalho também. Mas talvez você esteja se perguntando, o que estes fatos sobre a colonização tem haver com a industrialização dos Estados Unidos? A resposta é mais simples do que parece. Se pararmos para observar em toda a história do mundos, boa parte dos processos de industrialização que ocorreram, só tiveram início depois que a burguesia tomou as rédeas, isto é, o controle.
E se já mencionamos que no Norte dos Estados Unidos, existia uma mão de obra mais qualificada e assalariada, ou seja, com um poder aquisitivo melhor, essa realidade vai gerar um aumento do mercado interno, onde as pessoas terão que produzir mais para supri-lo. Podemos identificar então, dentro deste contexto do norte, o desenvolvimento gradual da burguesia Norte-Americana. Podemos chegar a conclusão também que o mercado interno dos Estados Unidos começou a desenvolver melhor no lado do Norte, que posteriormente iria caminhar para o advento da industrialização do país. Logicamente, seríamos muito levianos se afirmarmos que somente este fato desencadeou a criação da produção industrial dos Estados Unidos, já que não é verdade, existiram diversos fatores que fomentaram este ponto.
Além do mais, o Norte estava diante do mar em sua localização, fato que é de muita relevância tanto para o envio de mercadoria para fora do território (exportação), quanto para o recebimento de mercadoria (importação). O petróleo, as reservas naturais de carvão mineral, carvão vegetal, ferro também potencializaram ainda mais a região, que notoriamente era muito mais privilegiada do que o Sul do país. A hidrelétrica, por exemplo, foi uma excelente ferramenta que os Estados Unidos utilizaram através dos recursos naturais vindos do Norte, juntamente com a utilização dos rios locais como meio de transporte. Aqui já podemos identificar também dois fatores importantíssimos para uma industrialização, a energia e o transporte, então só nos resta uni-los a matéria prima e o mercado interno.
A industrialização dos Estados Unidos
De 1861 até 1865 acontece a guerra de secessão, conhecida popularmente também como guerra civil dos Estados Unidos. O Sul queria se separar e deixar de fazer parte da Federação com o Norte, porém a burguesia do Norte era muito mais forte e venceu a guerra. Logo após o fim da guerra a expansão muito grande do poder do Sul para as outras extremidades, e com a expansão, o modo de produção do Norte também foi se espalhou, resultando na definição da Produção industrial dos Estados Unidos de uma forma mais geral. Atualmente os Estados Unidos possuem a maior industrial do mundo, com o mercado extremamente diversificado, onde é possível encontrar praticamente todo tipo de serviço e bem de consumo, ainda que desde seu passado, a concentração industrial sempre esteve no Nordeste.
O país conta com uma indústria de base fortíssima, além de avanços tecnológicos incalculáveis, que alimentam ainda mais sua máquina capitalista, que recebe um suporte importante de seu sistema liberal de política, que facilita e apoia a forma como o mercado é regido no país. Para se ter uma idéia é quase impossível ter em mãos algum tipo de aparelho eletrônico ou smartphone que não possua nada de origem Norte-Americana, desde as peças, até o sistema operacional utilizado, tudo pode ser vindo do país. Esse é um exemplo que só reforça ainda mais o nível de domínio do mercado industrial que os Estados Unidos possui.
Além do mais, a produção industrial dos Estados Unidos foi fortemente beneficiada com seu sistema bancário. As característica do sistema norte-americano é a forte capitalização, consequência do acesso direto de pequenos poupadores ao mercado financeiro (através de instrumentos como fundos de investimento), o que garante às empresas uma liquidez que permite investimentos de grande importância. O governo Federal também muitas vezes na história desempenhou um papel protetor da indústria em relação aos seus concorrentes internacionais. Mesmo no setor manufatureiro, os EUA deram origem aos primeiros episódios de descentralização, deslocando fábricas de produção das cidades do NE para muros periféricos, depois para os centros urbanos do Ocidente, depois para países do Terceiro Mundo.
Até mesmo a agricultura se beneficiou da industrialização em massa do país. O recorde mundial nos EUA no setor agrícola é esmagador, graças ao enorme uso de meios mecânicos, fertilizantes e fungicidas e graças aos investimentos estatais em pesquisa, para os quais os agricultores são informados sobre as culturas mais adequadas para suas terras. Nos Estados do Golfo do México, por exemplo, a atividade de refino de petróleo está obviamente concentrada (os EUA refinam quase a metade dos gases produzidos no mundo) e depois a produção de fibras sintéticas se desenvolveu, dada a disponibilidade de matérias-primas.
O sistema Norte-Americano de produção industrial
O setor de produção industrial Norte-Americana, agora representa menos de 20% do PIB e menos de 23% do emprego Apesar da contração de quase todos os setores com baixo conteúdo tecnológico e baixo valor agregado (para cujos produtos as importações são utilizadas), as produções dos EUA continuam a ter uma relevância global um pouco em todos os setores. Ainda é difícil para muitos países ter que concorrer com os Estados Unidos. A composição das exportações, no entanto, vê cerca de metade representada por bens intermediários (mecânicos, elétricos, eletrônicos) e apenas cerca de 15% por bens de consumo (mecânica, química fina), que representam cerca de um terço das importações. Tanto o seu mercado interno, quanto o mundo são seus alvos e o que não falta é demanda.
A produção industrial dos Estados Unidos de ferro e aço, que ao mesmo tempo era muito pesada, caracterizou regiões inteiras e determinou o curso econômico mundial, foi muito reduzida e foi cada vez mais orientada para aços, mantendo o terceiro lugar no mundo, embora com um amplo distanciamento China e Japão. Vale lembrar que o país, como mencionamos anteriormente é um dos mais ricos em recursos naturais do mundo, e soube bem como explorar este fato. O setor metalúrgico continua importante também para os metais, dos quais não há disponibilidade interna, como o alumínio. Os seus mecanismos são tão complexos e desenvolvidos que o país consegue exportar até mesmo aquilo que já não produz mais de forma natural.
Para produtos mecânicos, incluindo veículos, o país é de longe o maior produtor mundial. Até hoje as marcas Norte-Americanas de acrro fazem muito sucesso esão sinonimo de hegemonia no mercado. Especialmente nesta área, a indústria química também está concentrada, que produz de um quinto a um quarto das exportações dos EUA, e está à frente do ranking mundial do setor, embora agora investido pela concorrência chinesa.
As consequências de um processo tão acelerado e desenvolvido
Só podemos concluir que a produção industrial e utilização da capacidade Estados Unidos é excelente, embora gere resultados sociais catastróficos, e uma grande desigualdade, que embora gere recursos financeiros enormes para o país, gera outros problemas, especialmente os sociais e de clima. Certamente não há falta de indústrias leves na área, com exceção dos têxteis (algodão), tradicionalmente fortes nos EUA.