Renda Fixa | O que são investimentos em renda fixa?

renda fixa é hoje um dos mais rentáveis e benéficos investimentos para os brasileiros. Em julho de 2021, o rendimento em renda fixa Duração Alta/Grau de Investimento liderou o ranking de melhor investimento do mês, com média de 0,83% superando inclusiva a CDI (0,35%). Mas quem é novo no mundo dos negócios deve estar se perguntando agora: “o que são investimentos em renda fixa?”.

Neste guia completo sobre o assunto, iremos te mostrar como a renda fixa pode ser uma grande aliada do seu bolso, sendo um excelente fundo tanto para reservas de emergência, dinheiro que hoje está guardado no banco ou mesmo para juntar visando um objetivo – como a compra de um carro ou de um apartamento.

Um dos pontos principais para conhecer sobre a renda fixa é que ela é com certeza um dos melhores investimentos hoje e por isso, acaba tendo grande protagonismo entre os investidores novos e também os mais tradicionais. Em 2020, o número de pessoas físicas investindo na B3 surpreendeu. O salto foi de 92,1% de 2019 para 2020, o que totalizou 3.229.318 de contas em dezembro do ano passado.

A renda fixa sempre deteve boa parte dos investimentos por se apresentar como uma opção mais segura e rentável. Neste conteúdo, iremos te mostrar como começar a investir nesse fundo e se, de fato, vale a pena ou não.

O que é renda fixa?

A renda fixa é um tipo de investimento que prevê regras antecipadas com os valores de taxas e prazos para que o investidor consiga saber exatamente todos os valores e o que esperar na hora de aplicar. Por essa razão, esse fundo é considerado um dos mais rentáveis e seguros.

Na prática, o investidor sabe mais ou menos o percentual que vai receber ao ano (não dá para dizer que é 100% já que depende da inflação). Geralmente, a renda fixa é voltada para um perfil mais conservador, que busca por segurança do seu dinheiro.

Especialmente para novos investidores, esse fundo é bastante vantajoso justamente por não oferecer grandes riscos. Nos últimos meses, a renda variável estava em ascensão, mas em julho, a renda fixa voltou com tudo e é hoje o fundo que desperta maior interesse entre pessoas físicas.

Além da segurança, os investimentos no fundo em questão são bastante rentáveis e fáceis de serem aplicados.  Existem diferentes tipos de renda fixa, uma delas é inclusive a poupança – que é um dos mais conservadores e menos rentáveis fundos.

Existem três diferentes categorias de renda fixa: prefixadas, pós-fixadas e híbrida. A seguir, vamos conhecer cada uma delas:

Prefixadas

As prefixadas são aqueles investimentos que apresentam um percentual fixo ao longo de todo o tempo de aplicação para passar transparência e deixar claro ao investimento sobre quanto vai ser o rendimento dele. Para esse caso, as condições de negociação não poderão ser alteradas ao longo do tempo investido.

Para ficar mais claro, vamos à um exemplo prático:

Imagine que você acaba de contratar um fundo em Tesouro Direto e no momento da aplicação a taxa acordada foi de 6% com liquidez no investimento e vencimento em 10 meses. Independente do ritmo do mercado, a rentabilidade irá acompanhar e pagar a taxa contratada no vencimento combinado.

Podemos chamar de investimentos de renda prefixada os seguintes:

  • CDBs prefixados;
  • Letras de Crédito
  • Tesouro Direto.

Pós-fixada

A pós-fixada utiliza de indicadores para deduzir o rendimento como Selic, CDI e IPCA principalmente. Para esses caso dizemos que o investimento se torna um pouco mais arriscado, mas também com chances maiores de render um dinheiro maior. Isso porque os índices sofrem mudanças ao longo do tempo, por outro lado, é possível contar com um rendimento diário.

Usando o exemplo de uma renda pós-fixada cujo CDI estão em 180%, se ele sobe, então seu dinheiro valoriza e quando ele cai, você perde um pouco mais. Como se trata de um valor que pode ser consultado e retirado diariamente, mesmo quando há queda é um valor pequeno e que pode ser recuperado na mesma semana.

Apesar da pós-fixada parecer um tanto incerta, é importante ficar claro que ela se difere da renda variável por, mesmo com essas variações, ter um data de vencimento e um indicador de rentabilidade definidos no ato da compra do fundo. Ou seja: mesmo tendo um certo nível de instabilidade, todas as condições são previstas antes.

Híbrida

Por fim mas não menos importante, a renda híbrida é aquela que une a rentabilidade tanto das pós-fixadas como das prefixadas, logo, você conta com dois indicadores para prever a rentabilidade. Por exemplo: tesouro direto + IPCA, que possui uma taxa prefixada, como também um acréscimo da variação acumulada da inflação ao longo do período.

Por que os investimentos de renda fixa voltaram a crescer?

Depois de quatro meses consecutivos com renda variável assumindo à frente dos fundos adotados pelos brasileiros, em julho, a renda fixa apresentou crescimento superior e tomou o protagonismo. A razão para isso está relacionada ao cenário de incertezas em relação ao ritmo de inflação no Brasil.

O Banco Central aumentou a estimativa de 5% para 5,8% de crescimento da inflação ainda para 2021, com base no IPCA. Os dados foram divulgados no final de junho, e no mês seguinte já foi possível enxergar um número maior de pessoas que buscaram pela renda fixa – não pela sua lucratividade, mas por ser mais segura do que qualquer outro fundo hoje em dia.

Agora em agosto, o BC aumentou novamente a expectativa de inflação para 6,79%, de acordo com o Boletim Focus de 13 de agosto de 2021.

Além disso, para as empresas também foi um mês conturbado com o aumento de mais de 33% do IGP-M em relação aos últimos 12 meses, segundo dados levantados pela FGV. A pandemia do coronavírus trouxe impactos diretos para a produção de insumos e matérias-primas. A falta de produtos começou a se refletir no aumento dos preços, que é justamente o que o índice calcula: as variações dos preços de mercado em toda a cadeia produtiva.

Analisando esse cenário, tanto para pessoas físicas como empresas, fica claro que arriscar não é uma opção, e por isso, a renda fixa ganhou uma posição especial na hora dos brasileiros considerarem onde alocar o seu dinheiro.

Diferença entre renda fixa e variável

Apesar de serem termos semelhantes, existem muitas diferenças entre a renda variável e a fixa. A começar pela segurança de retorno sobre o investimento. Enquanto a renda variável apresenta um risco maior de variação tanto para altos como para baixos, como o próprio nome propõe, a fixa é mais previsível, pois o acordo é feito no ato de fechar o ativo.

A renda variável não garante um ganho preciso, logo, a depender da inflação, ela pode variar tanto positivamente como negativamente sendo considerada um investimento de médio/alto risco. Por outro lado, a fixa não apresenta tantas oscilações assim no valor final prometido ao investidor, e por isso, em momentos de instabilidade econômica pode ser uma vantagem. Nesse caso, o investimento é considerado de baixo risco.

Outro ponto importante que difere tanto fixa como variável é o indicador de rendimento utilizado. Enquanto a renda variável não se baseia em nenhum indicador, apenas nas variações do mercado, a fixa é baseado na CDI e Selic.

  • Investimentos em renda variável: Ouro, câmbio, criptomoedas, ações, fundo imobiliário e ETFs
  • Investimentos em renda fixa: CDBs, Poupança, Tesouro Direto, LCIs e LCAs.

Apesar da economia estar apresentando sinais de melhora e o BC ter declarado que vai fazer de tudo para atingir a meta de inflação, os dados recentes mostram que a falta de insumos e matérias-primas ainda irão impactar e muito no preço das mercadorias, e por isso, pensando no cenário atual, o melhor mesmo é manter o dinheiro em segurança e rendendo um valor fixo.

Como investir em renda fixa? Confira o passo a passo

Agora que você já conhece as principais diferenças entre renda variável e fixa já deve estar pensando qual deles pode trazer mais benefícios ao seu dinheiro e também para o seu perfil de investidor. Independente de qual seja a sua escolha para investir agora, uma das melhores corretoras para começar a negociar é a Rico Investimentos, uma corretora segura que oferece uma interface simples para você negociar no mercado financeiro.

Apostar em renda fixa já é uma segurança, melhor ainda quando se pode contratar uma corretora que é simples, rápida, com processos 100% digitais e que descarta a necessidade de negociar com os banco, então a Rico Investimentos, líder nacional em tesouro direto, é para você.

Passo 1: Faça o seu cadastro na Rico Investimentos

O primeiro passo é abrir uma conta. Você irá precisar de um documento com foto (RG, CNH ou RNE – o último para o caso de ser estrangeiro), seu endereço residencial e comercial. O cadastro é feito totalmente online pelo site da Rico Investimentos, preenchendo os seguintes dados:

  • Dados de pessoa física;
  • Dados de acesso (criação de login e senha);
  • Dados pessoais;
  • Endereço residencial;
  • Emissão de documento com foto;
  • Filiação;
  • Profissão;
  • Endereço comercial;
  • Dados financeiros (rendimentos mensais, dados patrimoniais, bens de imóveis, etc.);
  • Origem dos recursos/Ocupação profissional;
  • Dados bancários.

Ao final, você também será questionado sobre onde conheceu a Rico e concorda com os termos de serviços. Todo esse processo é feito on-line e em pouquíssimos minutos.

Passo 2: Faça o primeiro depósito do seu dinheiro para a Rico

Agora que você já abriu sua conta na Rico irá perceber que tem um novo número de conta corrente e agência, como se fosse um banco tradicional mesmo. Isso ajuda para que você consiga fazer transferência do seu dinheiro que deseja investir diretamente para o seu novo fundo de investimento via TED.

Passo 3: Escolha o investimento em Renda Fixa

Essa é uma etapa muito importante. A Rico Investimento oferece várias modalidades e caminhos de investimento, e a renda fixa é um desses. A recomendação é tentar buscar algo dentro do seu perfil de investidor, se você ainda está com dúvida sobre qual o melhor, saiba que a Rico oferece um teste com algumas perguntinhas que vão te ajudar qual tipo de investimento é o ideal para você.

O mais indicado para quem está começando é criar uma reserva de emergência para curto prazo, que seja equivalente ao seu custo mensal. Dessa forma, você consegue uma “gordura” a mais de dinheiro para ir fazendo testes mês a mês para ver a rentabilidade. Como a renda fixa é uma negociação mais rentável e com poucas surpresas esse não será um problema tão grande para você.

Ah, e uma dica para o caso de você eleger outro fundo de investimento é buscar por algo que renda 100% do CDI ou um percentual superior. Tendo todos esses pontos alinhados, basta fazer o depósito e iniciar a sua jornada dentro do mercado financeiro.

Os melhores investimentos renda fixa 2021

Se você realmente quer contar com um investimento mais seguro, mas que ainda ofereça chances de rentabilizar e consegui ao final do período contar com um dinheiro extra do mercado financeiro, já sabe que os rendimentos fixos são o melhor caminho. Alguns fundos estão mais em evidência hoje em dia do que outros, que tal conhecer cada um deles para definir qual melhor se encaixa com o seu momento? Confira a seguir!

Tesouro Direto

O tesouro direto é um fundo de investimento muito interessante para quem quer começar a investir com baixo risco. Trata-se de uma negociação feita diretamente com o Tesouro Nacional, como se fosse um “empréstimo” no qual se cobra juros depois para receber.

Ou seja, esse é um fundo utilizado para que o país pague suas dívidas. Atualmente, o governo é considerado um dos investimentos mais seguros de todos.

Dentro do Tesouro Direto existem algumas opções como Tesouro Selic e Tesouro IPCA. Mesmo em períodos de altas na taxas, pode ser um bom momento para se aplicar nesses ativos, já que historicamente os juros da economia são baixos ou seja: garante boa liquidez e um risco baixo de desvalorização.

LCI e LCA

As Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) são aquelas que captam o dinheiro investido para gerar recursos tanto para o trabalho no campo como no segmento de imóveis. Se você já acompanha notícias de economia, sabe que esses dois setores estão sempre em alta, logo, as chances de perda de dinheiro utilizando esses fundos são muito pequenas.

Você já deve ter ouvido falar que investir em imóveis é uma boa aposta porque só valoriza. Além disso, o agronegócio representa mais de 20% do PIB brasileiro. Não há dúvidas de que ambos os investimentos são viáveis e com previsões de retornos bastante rentáveis.

Outro benefício é que tanto a LCI como a LCA são isentos de Imposto de Renda, portanto, quem recebe o dinheiro já tem acesso a ele de maneira líquida na conta corrente. Para maior segurança também, ambas são garantidas pelo Fundo Garantidor de Crédito – FGC.

CDB

O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é indicado para perfis mais conservadores que realmente não querem correr riscos na hora de investir. É uma opção de empréstimo de dinheiro diretamente para os bancos, para que eles tenham recursos para financiar os seus serviços para os clientes.

Após um período, o dinheiro é devolvido para você com um percentual de acréscimo a depender da quantidade e tempo que ficou investido.

O CDB também possui garantia do FGC para valores de até R$ 250 mil por instituição financeira e CPF, o que significa que se, por alguma razão, o banco estiver passando por problemas de administração, o investidor não será afetado.

Poupança

Apesar de hoje esse ser um dos investimentos menos rentáveis, a poupança faz parte e ainda é um dos mais utilizados fundos entre os brasileiros. O dinheiro quase não rende, e é realmente considerado o pior título e relação à retorno. Por outro lado, não há custos para investir na poupança, ou seja, é quase que como um “cofre” em que o seu dinheiro fica seguro, porém, praticamente parado.

ETF de renda fixa

O ETF é um fundo que segue um indicador e por isso tem uma gestão passiva, onde suas contas são negociadas diretamente com a bolsa de valores. Ele possui aliquota de 15% sobre o Imposto de Renda independente do prazo da aplicação – a tributação acontece na hora do saque, diretamente da fonte.

Existem vários tipos de ETF, a seguir selecionamos os principais:

IMAB11

Estruturado pelo Itaú e patrocinado pelo Tesouro Nacional, esse investimento mescla os títulos públicos à inflação. A taxa de administração cobrada é de 0,25% ao ano.

FIXA11

Pertencente à empresa coreana Mirae Asset, esse título mantém uma única curva de juros constante por três anos por um indicador que ajuda a prever o comportamento da Selic. A taxa de administração cobrada é de 0,30% ao ano.

IMBB11 e B5MB11

Os IMBB11 e B5MB11 são os ETFs do Bradesco, que seguem o índice IMA-B e IMA-B5 respectivamente. Os dois acompanham o valor de títulos públicos aliados à inflação, mas o que os diferencia é que o IMA-B5 acompanha títulos com prazo de até cinco anos. Já o IMA-B não tem esse tipo de restrição com data limite. A taxa de administração dos dois é de 0,20% ao ano.

IB5M11

Também estruturado pelo Itaú, esse título segue o índice IMA-B5+, que leva em consideração os títulos indexados à inflação com prazo igual ou maior do que cinco anos. A taxa de administração é de 0,25% ao ano.

IRFM11

Por fim, este também é um ETF do Itaú, cuja referência para rendimento é o índice calculado pela Anbima, que acompanha os títulos públicos prefixados. A taxa de administração cobrada é de 0,20% ao ano.

Vantagens e desvantagens de investir em renda fixa

Assim como qualquer investimento, a renda fixa apresenta vantagens e desvantagens para seus investidores. Se você quer entrar no mercado financeiro preparado e prevenido, é importante conhecer cada um dos pontos fortes e fracos do seu ativo.

Por essa razão, também achamos que seria útil reunir no nosso guia uma orientação mais precisa para você conseguir apostar sem medo e garantir o maior retorno possível dos valores investidos.

Vantagens

  • Boa rentabilidade dos ativos. Poucas vezes um rendimento em renda fixa apresenta queda no valor original. Inclusive, é possível encontrar ativos (e é o mais recomendado) que paguem acima de 100% da CDI;
  • Estabilidade e segurança de que o dinheiro será preservado;
  • Assegurado pelo FGC para investimentos de até R$ 250 mil – caso o emissor quebre, você não será prejudicado e consegue recolher boa parte do seu dinheiro investidor;
  • Facilidade e rapidez, visto que as ações são muito acessíveis e podem ser adquiridas de maneira 100% digital;
  • Ações captadas para diferentes setores da economia;
  • Liquidez diária;
  • Alguns títulos de renda fixa podem ser isentos de Imposto de Renda como a LCI e LCA.

Desvantagens

  • O retorno dos investimentos em renda fixa são previsíveis, o que para alguns pode representar uma qualidade devido a segurança, e para outros uma limitação em relação ao crescimento que poderia tem em relação à títulos variáveis;
  • Taxação de tributos em alguns títulos, em especial o Imposto de Renda e o IOF incidentes.

Quais são os riscos de aplicar o dinheiro em renda fixa?

Quando falamos nos títulos de rendimento fixo percebemos que o risco de perda é baixo. Mas quais são esses riscos? Isso pode acontecer de que maneira?

O primeiro risco de baixa rentabilidade está relacionado ao crédito da empresa na qual foi feito o investimento (especialmente se não estiver assegurado pelo FGC) . Por exemplo, no caso de uma empresa que você está investindo falir. Por isso, analisar o histórico e contar com o FGC é uma forma de driblar esse problema.

O risco de inflação é uma realidade para qualquer investimento, e o título de renda fixa não foge disso. Se o rendimento ficar abaixo da inflação do período, o valor adquirido pode ter valores inferiores do que o que foi depositado inicialmente.

Por fim, mas não menos importante, a taxa de juros também pode ser decisiva, especialmente nos investimentos prefixados, pois, já que os rendimentos são acertados na hora da compra do título, se por alguma razão os juros subirem mais do que o que foi combinado, a pessoa perde com o rendimento mais baixo.

Importante deixar claro que apesar desses riscos existirem, a renda fixa continua sendo a aplicação mais segura que existe. Além disso, o dinheiro investido não se perde, apenas seu poder de compra por causa da inflação.