Guia completo sobre o Sistema de Reserva Federal dos EUA

O Sistema de Reserva Federal FED (em sua sigla original em inglês) é conhecido mundialmente, sem dúvida dada a sua importância, já que as decisões tomadas através do mesmo tem um poder inquestionável de influenciar e gerar impactos de todos os níveis e graus ao redor do globo. No estados Unidos o Sistema costuma ser chamado com frequência de “ The FED”. Se você tem interesse no mercado financeiro, deseja aprender mais sobre economia e política, nós aconselhamos que invista um pouco de seu tempo e concentração para descobrir o que é o Sistema de Reserva Federal, seus conceitos, suas funções e a razão dele ser tão importante a nível mundial.

Pensando em contribuir com a sua aprendizagem, que nós elaboramos essa espécie de “guia”, que procura abordar os aspectos mais importantes do Sistema de Reserva Federal Norte-americano. procuramos abordar esse tema da forma mais simples e objetiva possível, porém sem ignorar detalhes importantes a respeito dessa instituição tão conhecida e observada em todo o mundo. mas afinal, o que é o Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos? Isso é o que iremos descobrir agora!

O que é o FED

O FED é o sistema responsável por administrar e monitorar todos os bancos centrais que atuam nos Estados Unidos. O seu objetivo principal é manter normatizada a economia Norte-americana. O Federal Reserve Bank, é o banco central responsável pela estabilidade monetária e financeira nos Estados Unidos. Ele faz parte de um sistema ainda maior, conhecido como Sistema da Reserva Federal, com doze bancos centrais regionais localizados nas cidades mais importantes dos Estados Unidos.

O Sistema de Reserva Federal Norte-americano foi criado em 1913 eem razão das tensões que cercavam a economia do país durante aquele período. As decisões mais relevantes, principalmente em relação à política monetária são realizadas através do Comitê Federal do Mercado Aberto dos Estados Unidos. Os encontros costumam ocorrer cerca de oito vezes durante o período de um ano, e são nessas encontros que decisões importantes, como por exemplo taxas de juros nos bancos são determinadas. A cada reunião realizada, novos rumos são determinados para a economia Norte-americana, que na maioria das vezes acaba por gerar forte impacto nas demais economias ao redor do mundo.

A reserva Federal possui total independência em relação ao governo Norte-americano, e um exemplo que deixa esse fato bem claro é que todas as decisões tomadas no mesmo não precisam passar por nenhum tipo de crivo ou aprovação governamental antes que entrem em vigor. Porém o convite para fazer parte do comitê que realiza essas decisões vêm geralmente de indicações no presidente do país, fato que muitas das vezes é alvo de crítica, especialmente por parte de alguns especialistas em economia e cientistas políticos. Para compreender um pouco mais, iremos conhecer a seguir um pouco mais sobre a história da Reserva Federal dos Estados Unidos

A história da Reserva Federal dos EUA

Para entendermos um pouco mais sobre o que é FED, o Sistema de Reserva Federal é necessário conhecermos sua história. O FED foi estabelecido com a promulgação através do Congresso dos Estados Unidos no final do ano de 1913. Em 1916 o sistema começou a funcionar de fato.

Um dos objetivos da criação do FED era pôr um fim em relação as inconveniências da multiplicidade em excesso de instituições bancárias que eram emissoras (que possuíam permissão para emitir passagens, além de gerenciar reservas para garantir depósitos), tornar mais potente o poder central de controle sobre as instituições bancárias e dar unidade à criação de capital, respeitando formalmente princípio da pluralidade de bancos emissores como um todo. Ele é uma espécie de solução que intermedia o banco central do tipo europeu e uma estrutura descentralizada com uma variedade de instituições autorizadas a emitir dinheiro.

A fundação da Reserva Federal Norte-americana

Como informou a imprensa Norte-americana “Em 1908, como resultado do chamado de pânico de 1907, o Congresso dos Estados Unidos emitiu a Lei Aldrich-Vreeland, que tomou medidas para uma moeda de emergência e criou uma comissão, a Comissão Monetária Nacional, para estudar uma reforma monetária. Até 1911, a Comissão Monetária Nacional produziu uma quantidade considerável de estudos e análises sobre o sistema monetário e financeiro dos EUA e sobre os sistemas monetários e bancos centrais presentes nos vários países da época. A Comissão apresentou várias propostas para a introdução de uma instituição que tinha a tarefa de prevenir e conter possíveis crises financeiras.”

“Embora anteriormente contrário ao Partido Democrata, quando os democratas venceram eleições no Congresso e na Casa Branca em novembro de 1912, o novo presidente Woodrow Wilson acreditava que a proposta de Aldrich exigia poucas mudanças. A proposta de Aldrich tornou-se assim a base para a Reserva Federal de 1913. A principal diferença entre os dois textos era que o controle passou do Conselho de Administração para o governo. estabelecido com a aprovação da Reserva Federal Norte-americana dia vinte e três de dezembro de 1913 pelo Congresso dos Estados Unidos e iniciou suas operações em 1916.”

“O difícil debate no Congresso para a aprovação do artigo da Reserva Federal e a desconfiança por parte dos políticos em relação a soluções excessivamente centralizadas levaram a uma solução legislativa de compromisso que deu origem a uma estrutura do Sistema da Reserva Federal articulada para poder receber ímpeto de todos partes do país e manter uma conformação federal. A organização consistia em um banco central com sede em Washington e quinze bancos regionais. A nova instituição foi colocada sob a autoridade governamental, que nomeou o Secretário do tesouro e o controlador dos curren como membros do Conselho da Reserva Federal.”

A estrutura do FED

A estrutura do Sistema de Reserva Federal é no formato de uma espécie de agência do governo central, o Conselho de Governadores do Sistema da Reserva Federal, que é baseado na capital Washington DC e é composto por sete governadores nomeados pelo Presidente dos Estados Unidos e doze instituições bancárias regionais da Reserva Federal.Esses doze bancos, cada um representando um distrito, são os de: Boston,  Kansas, Dallas, Nova York, Filadélfia, Richmond, Atlanta, Chicago, Cleveland, St. Louis, Minneapolis e São Francisco. A competências e as responsabilidades da Reserva Federal dos Estados Unidos são:

Definir qual será a política monetária nacional influenciando a quantidade de dinheiro em circulação e as condições de crédito da economia, a fim de buscar emprego máximo, estabilidade de preços e taxas moderadas de juros de longo prazo; supervisionar e regular as instituições bancárias para garantir a segurança e a estabilidade do sistema bancário e financeiro nacional e proteger os direitos do consumidor; manter a estabilidade do sistema financeiro e conter o risco sistêmico que possa surgir nos mercados financeiros; prestar serviços de tesouraria para instituições depositantes.

O primeiro artigo, da seção 8 da constituição Norte-americana estabelece que o congresso deve ter o poder de produzir dinheiro e estabelecer seu valor. Mas, nos dias de hoje o FED, que é uma empresa privada, controla e se beneficia diretamente da produção de dinheiro através do tesouro, além de ter a autoridade para controlar o seu valor.

O FED e a política monetária dos Estados Unidos

O Banco Central dos Estados Unidos é o principal responsável pela alteração das taxas de juros, ou seja, dos instrumentos de curto prazo de juros da economia Norte-americana. A modo grosso, podemos dizer que esse banco é também responsável por controlar as taxas de preços ao redor do mundo, já que  todas as decisões relacionadas aos juros afetarão diretamente o valor final dos produtos e serviços que são comercializados ao redor do mundo. E não é segredo para ninguém, que os Estados Unidos possuem a maior economia do globo, e por essa razão, todas as decisões relacionadas ao país possui um impacto forte e direto em todas as outras nações.

No próprio site do FED é possível ler que um dos objetivos mais importantes do mesmo é:

  • Promover empregos através de seus instrumentos;
  • Manter os preços dos produtos/bens para consumo e serviços com estabilidade (normalmente isso quer dizer, manter a inflação controlada, com uma média de 2% ao ano);
  • Manter a taxa de juros de longo prazo moderada.

O Sistema de Reserva Federal dos EUA atualmente conta com mais de um instrumento para tornar possível a realização de todos esses objetivos, bem como os fatores que os mesmos envolvem. No endereço eletrônico da instituição também é possível encontrar as datas dos próximos encontros do comitê, bem como as últimas decisões que foram tomadas na última reunião.

Breve perfil do atual presidente do FED

O atual presidente do Banco é Jerome Powell. Ele foi nomeado pelo próprio presidente Tump, e está no cargo desde fevereiro de 2018. Antes de Powell a responsável pela posição de chefe era a renomada economista Janet Yellen, escolhida pelo então presidente Norte-americano Obama. Jerome Powell é graduado em Artes e Política, além de possuir um título de doutorado em Direito. Ele também já atuou na política através do cargo de assistente através do partido republicano Norte-americano. Além dessas experiência Powell também é um advogado e bancário experiente, e seu perfil sem dúvida agrada o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Uma definição mais clara do que é o Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos

Todas as decisões que são tomadas através das reuniões do Comitê Federal de mercado aberto ou CFMA, possui o poder de gerar impactos fortes e mudar o rumo de muitas economias em todo o mundo. A Reserva Federal é tão importante pois é responsável foi definir a quantidade de dólar que será emitido e ficará em circulação. Em uma definição da Reserva Federal, podemos dizer que a instituição que decide qual será a política monetária dos Estados Unidos, e quais são os interesses que desejam priorizar para o país que possui a maior economia em todo o globo


Em síntese, podemos dizer que tudo o que acontece com o dólar, se ele se encontra em alta por exemplo, ou em baixa,nada mais é do que resultado das decisões que são tomadas através do Comitê Federal do mercado aberto, organizado pelo Sistema de Reserva Federal norte-americano. As reuniões desse comitê ocorrem cerca de oito vezes por ano, e nela é determinado quais interesses serão abordados, as taxas de juros que entrarão em vigor e muitas outras ações que afetam diretamente a economia não só dos Estados Unidos, mais a economia internacional.

Segundo afirma vários especialistas em macroeconomia, são as reuniões de março,  junho, setembro e dezembro que costumam ser as mais importantes, por discutem e decidem temas de grande impacto. O presidente do comitê possui um mandato de quatro anos, assim como o presidente do país, que é quem nomeia o presidente da Reserva Federal.

Vale lembrar que o maior poder que existe, sem dúvida é o de emitir, controlar, e dar valor  a uma moeda.

O Fed possui donos?

Existem muitas especulações e teorias da conspiração que tentam remontar o inicio do Fed, o “real motivo” dele ter sido criado, que segundo contam muitas teorias conspiratórias, teria haver com interesses de grandes magnatas em controlar não somente a economia de seu país, mais também manipular a economia global, seja através de juros, fomentação de guerras e crises e depressões mundiais. Mas nada disso pode ser provado, e até então não passam de suposições de mentes criativos e curiosas. Mas o fato é que essa instituição foi criada em um período conturbado e polêmico da história Norte-americana, que abordaremos brevemente a seguir.

Em toda a história dos Estados Unidos sempre foi possível identificar uma espécie de disputa, a respeito de quem iria controlar a quantidade de dinheiro no sistema, se seria um banco privado, algumas pessoas ou congresso para o bem comum das pessoas?

Tudo em volta do Sistema de Reserva Federal Norte-americano parece ser privado, a ele foi concedido o poder e o monopólio da criação do papel moeda. Toda nota de 100 dólares que o banco produz e que é vendida aos EUA pelo valor nominal, representa nada mais do que um empréstimo de US $100. Mesmo que seja a instituição governamental a responsável por arcar com esse empréstimo, é necessário pagar taxas de juros. O presidente Abraham Lincoln possuía um interesse profundo a respeito desse setor e disse a seguinte frase:

”O governo deveria ser o responsável por criar, emitir e fazer circular toda a moeda disponível no país. Essa deveria ser a prioridade maior de um governo. Optar por esses princípios pouparia imensas somas de juros para o contribuinte, fazendo com que o dinheiro deixasse de ser o mestre de tudo, passando a ser mero servo da humanidade.”

O fato é que, muitos especialistas afirmam que a Reserva Federal não é federal, pois não pertence ao governo, e tão pouco tem reservas. Muito se especula em relação a crimes de assassinato, como foi o caso dos ex presidentes Lincoln e Kennedy, onde vários historiadores acreditam que os mesmos possuíam uma ligação direta com a oposição que ambos os presidente faziam ao defender a criação e emissão de dinheiro por parte do governo e não por parte dos bancos, fazendo assim com que os poderosos magnatas do setor bancário ficasse, extremamente insatisfeitos com esse tipo de posição.

O próprio congressista Louis McFadden uma vez afirmou categoricamente que “ A Reserva Federal é um super estado controlado por banqueiros internacionais e industrialistas também internacionais que atuam em conjunto com o objetivo de escravizar o mundo para o seu próprio prazer”.

Ocorreram duas tentativas de assassinatos conta a vida de McFadden, o primeiro com pistolas que falharam, e o segundo através de um envenenamento, que também não funcionou, já que o congressista estava acompanhado por um médico, que sortudamente conseguiu limpar seu estômago a tempo, antes que o veneno lhe causasse danos graves.

A partir desses acontecimentos e muitos outros, algumas pessoas começam a imaginar quem são os possíveis proprietários da Reserva Federal. Porém, mais do que isso, é necessário compreender que o que importa realmente não é saber quem são os donos, e sim quem controla essa instituição tão poderosa. Esse é o poder da Reserva Federal, e é por meio deste que a mesma delineia todas as políticas monetárias dos Estados Unidos, e consequentemente dita as regras do jogo, ou seja, do que irá ocorrer na economia global.  A Reserva Federal é tão poderosa que pode inclusive gerar crises, repressões, e muitos outros impactos, com suas decisões e políticas.

O departamento do Tesouro controla a impressão de dinheiro, porém é a Reserva Federal quem possui o controle da administração desse dinheiro, através do seu poder de gerar crédito com taxas de juros, de acordo com os próprios interesses da reserva.

A trajetória da Reserva Federal dos estados Unidos

A Reserva Federal atual é a terceira do país. Desde seu início vários esforços foram realizados a favor e contra colocar o poder de controlar por parte dos bancos o capital que é emitido e circula. E como afirmamos acima, o sistema mais recente é o terceiro a existir na história Norte-americana. Vale ressaltar que um Banco Central, é uma espécie de “banco dos bancos”. Dados essas informações, vamos para um breve panorama  que remonta os bancos que os Estados Unidos já tiveram ao longo das décadas:

  • O primeiro banco do país operou de 1791 até 1811. Após vinte anos de trabalho desde sua criação, o mesmo se expirou, sem ser renovado. Esse banco foi proposto por Alexander Hamilton e não era bem visto pela maioria das pessoas e pequenos empresários, que não confiavam na idéia. O governo era obrigado a pegar emprestado o valor mínimo de vinte porcento de crédito de ações dos bancos, além de ter que designar esses mesmos vinte porcentos para mesa diretora desses bancos.

Os outros oitenta porcento eram administrados e controlados pelo resto do grupo de empresários magnatas que eram detentores dos grandes volumes de ações, como o famoso J. D. Rockefeller, o J. P. Morgan, P. Warburg, e entre outros poderosos.Vale ressaltar que desde aquele período os bancos estatais já eram contra esse sistema, por monopolizar o poder sobre as decisões em relação a moeda do país.

  • Já o segundo banco de sua história operou de 1816 até 1836, e novamente ocorreu o mesmo que aconteceu com o primeiro banco, após vinte anos, após o mesmo expirar, não passou pelo processo de renovação. Esse segundo banco foi apelidado de “wildcat” que significa “gato selvagem”. Durante esse período as pessoas comuns foram pressionadas a apoiar esse sistema, e o governo não interferia no que estava ocorrendo. O motivo do governo federal não intervir é simplesmente pelo fato de estar fraco e sem poder suficiente naquele momento.

A verdade é que o governo não possuía capital para intervir, e foi nesse momento que as ações de Jackson foram importantes para o país, gerando inclusive um período em que foi possível utilizar os bancos de forma gratuita. Ele vetou a legislação para aprovar o Banco dos Estados Unidos. Em 1832 Jackson fez uma declaração, onde ele afirma que cada monopólio e todos os privilégios exclusivos se concedem às custas da população fato que é injusto, já que a população deveria ser beneficiária de um equivalente mais justo. Foi exatamente essa posição que ajudou Jackson a ganhar as eleições para a presidência. É importante mencionar que Jackson foi praticamente o único presidente Norte-americano a lutar em contramão ao monopólio das instituições bancárias privadas e consequentemente contra a filosofia poderosa da Reserva Federal Norte-americana.

  • Depois da grande crise bancária, o Federal Reserve Act de 1913 criou o terceiro banco central dos Estados Unidos, que é justamente o sistema Federal que podemos observar nos dias de hoje. O objetivo principal no momento de sua fundação era obrigar tanto o FED quanto os demais bancos a possuir uma reserva considerável e suficiente.

É importante ressaltar que o ano de 1913 foi marcante também pelo fato de ter sido o primeiro ano em que uma taxa de imposto de renda foi exigida.

As origens do Banco Central dos Estados Unidos

As origens do banco central dos EUA de 1791 até 1836 se deu a partir dos seguintes bancos:

  1. Banco da Inglaterra;
  2. Banco do Império Britânico;
  3. Banco da América do Norte;
  4. Robert Morris e o primeiro que possuía uma licença e autorização expedida pelo próprio governo
  • Em 1863, com o objetivo de auxiliar os preparos para a guerra civil (também conhecida popularmente como guerra da depressão), foi criado um sistema de bancos nacionais, e através de um ato de lei,cada banco passaria a possuir a autorização de emitir quantidades determinadas de notas nacionais, fato que mais tarde passou a ser chamado de “ato bancário”.
  • Em 1907 houve uma espécie de pânico financeiro nos Estados Unidos e foi necessário a reformulação de todo o sistema bancário, e ainda me 1908 foi aprovada uma lei que estabelecia a comissão monetária nacional e um fundo para emergências. A comissão foi criada como o intuito de estudar formas de reforma em relação ao sistema monetário do país, além de analisar o sistema bancário Norte-americano e Europeu a fundo, para compreender suas falhas, acertos e como funciona todos os seus mecanismos de operação.

Como funciona o mecanismo de divisão bancária da Reserva Federal Norte-americana

Como é que o sistema electrónico da instituição é contabilizado, o Federal Reserve Board conta com o banco central das seguintes regiões:

  1. Boston
  2. Nova York
  3. Filadélfia
  4. Cleveland
  5. Richmond
  6. Atlanta
  7. Chicago
  8. St. Louis
  9. Minneapolis
  10. Kansas City
  11. Dallas
  12. San Francisco

E como também informou a instituição,  cada localidade é identificada através de seu número e pela cidade onde se encontra o banco de sua reserva. Sendo que o número doze também dá suporte ao Alasca e o banco de São Francisco dá suporte ao havaí. E assim por diante…

A situação econômica atual dos Estados unidos e o FED

Segundo os últimos pronunciamentos feitos pelo então presidente do FED, Jerome Powell, a maior preocupação nos próximos anos será em relação ao controle da inflação, já que o preço do dólar tem subido e a tendência, segundo apontam estudos da própria Reserva Federal é continuar apresentando elevação, e por essa razão a instituição que controla as políticas monetárias anunciou no ano passado um aumento de um quarto do ponto porcentual na taxa de juros diretora, e também deu a entender que ainda iria realizar duas novas revisões no próximo ano.

Segundo o próprio presidente, a economia Norte-americana não precisa atualmente do estímulo das taxas baixas de juros e precisa focar no controle da inflação.

Algumas curiosidades a respeito do FED

A lei da Reserva Federal foi aprovado por  três senadores em uma votação unânime em 23 de dezembro de 1913, enquanto todos os outros estavam em casa para as férias. O Fed tem uma política consistente de inundar a economia com dinheiro “fácil”, levando a uma má alocação de recursos e a uma espécie de explosão reproduzida, seguido por uma recessão ou depressão quando a bolha criada pelo Fed explodiu. Da Grande Depressão às explosões da bolha das pontocom, à crise imobiliária, à crise econômica sofrida pelo país nos últimos oitenta anos podem ser atribuídas diretamente ou indiretamente à política do Federal Reserve.

O FED e a hegemonia do dólar

Talvez você já tenha se perguntado a razão do dólar se a moeda mais utilizada em todo o mundo, e o motivo desta moeda possuir tanto poder e estabilidade ao longo de tantas décadas. Outras perguntas como, será que é possível que um dia, o dólar perca o seu valor e outra moeda tome o seu lugar? Para responder essas e outras perguntas relevantes, que muitas vezes pairam em nossa cabeça, vamos abordar um pouco de história.

Não é segredo para ninguém que atualmente a Argentina se encontra em uma situação econômica muito difícil, onde teve que pegar emprestado uma quantia muito alta com terceiros da esfera internacional. Esse tipo de empréstimo se dá da seguinte forma: A Argentina ao pegar a quantia, assina documentos alegando que ao final do prazo, terá que pagar tudo o que deve, além de taxas de porcentagem ou comissão pelo empréstimos concedido.

Agora vamos imaginar a seguinte situação. A Argentina pegou emprestado hipoteticamente o valor de 5000 pesos, porém se passaram vários anos e o valor do peso está valendo menos que 500 dólares. Então podemos concluir que o valor de sua moeda apresentou grande queda, então o que o emprestador vai fazer com uma quantia sem valor? A resposta é nada. Por essa razão os emprestadores, isto é, as poderosas instituições bancárias que possuem o monopólio internacional aceitam emprestar somente os valores em dólares Norte-americanos.

Então neste caso, se a Argentina pegou emprestado 5000 dólares, terá que pagar os 5000 dólares, mas as comissões dos bancos e o que ficou acordado no contrato do empréstimo. Desta forma os bancos se protejam das possíveis desvalorizações de moedas que não são tão estáveis como é o caso do dólar Norte-americano, por exemplo.

Mas a utilização do dólar como forma de empréstimo não é e foi utilizado somente pela Argentina, diversos países já tiveram que recorrer a créditos emitidos em dólares por entidade bancárias internacionais, como também foi o caso do Brasil, que pegou uma quantia considerável no passado.

Os negócios, como é o caso do setor petróleo em outros setores que movimentam milhões, também são negociados diretamente em dólares Norte-americanos. E mais uma vez podemos observar a importância da Reserva Federal dos Estados Unidos, pois é ele quem controla a quantidade de dólares que serão emitidos e ficarão em circulação no mercado aberto.

As principais transações comerciais que acontecem dentro do globo são realizadas em dólar

Então, como mencionamos anteriormente, todo o petróleo comercializado ao redor do mundo é vendido e comprado em dólar. A moeda sem sombra de dúvida é a que mais inspira confiança atualmente. E mais do que isto, foi estimado que cerca de sessenta porcento de toda as reservas estrangeiras em todo o mundo que possuem bancos centrais estão em dólares dos Estados Unidos.

Em todo o mundo existem mais de 1,67 bilhões de dólares circulando, sendo que mais da metade deste valor se encontra fora do território Norte-americano. De fato não existe nenhuma lei internacional que obriga as pessoas ou os governos a utilizarem o dólar como uma moeda base de referência, porém ela é a moeda mais utilizada e confiada na hora das realizações das operações comerciais em território internacional.

Qual é o benefício que os Estados Unidos recebem ao ter sua moeda circulando em todo o planeta?

Isso vai depender do caso. Se for uma simples empresa ou um cidadão comum estadunidense que está fazendo a utilização da moeda, o país não obterá muito lucro ou algo de real relevância. mas podemos dizer que a hegemonia do dólar é como um “presente caído do céu” para o governo dos Estados Unidos, e a seguir iremos entender a razão:

Um país que passa por hiperinflação sofre grandes prejuízos em sua economia e terá que enfrenta diversos tipos de problemas. Mas qual é o real motivo de uma hiperinflação ocorrer? Bem, em boa parte dos casos esse fenômeno acontece quando um determinado Banco Central decide imprimir notas em excesso. Então outra pergunta surge: Por que o dinheiro perde valor quando é impresso em grande quantidade?

Para responder a essa pergunta, precisamos tem o entendimento que a moeda de uma nação é um produto ou ativo, e isso significa, que este produto é regido pelos mesmos princípios de outros produtos, como é o caso do petróleo, dos telefone móveis que são tão utilizados atualmente. Esses princípios estão diretamente relacionados à oferta e demanda.

Um ótimo exemplo é a moeda da Bolívia, que atualmente, em razão da crise política instaurada no país, possui uma demanda extremamente limitada, já que somente os bolivianos possuem interesse em ter e utilizar a moeda. Então, caso o Banco Central do país, decida imprimir uma quantidade de dinheiro, além de sua demanda, ocorrerá o que muitos chamam de desvalorização monetária, e sua moeda passará a perder ainda mais valor dentro do mercado, já que ocorrerá uma super oferta, se comparado a quantidade extremamente limitada de demanda pela mesma.

Observando esses exemplos pequenos, nós podemos ter uma noção ainda maior do conceito do Fed e o poder que ele possui ao administrar o dólar Norte-americano, que é uma moeda tão importante, talvez a mais importante em todo o mundo

A demanda e a oferta do dólar e o Sistema de Reserva Federal dos EUA

Como a demanda do dólar é muito maior do que a sua oferta, o Sistema de Reserva Federal os Estados Unidos possui uma enorme margem para poder realizar a impressão de dinheiro, sem que o mesmo perca o seu valor. Mas para que a Reserva Federal iria querer fazer a impressão de mais dinheiro? Vamos para o próximo exemplo que nos ajudará a responder essa pergunta pertinente:

Vamos pensar em uma hipótese bastante fantasiosa, mas que tornará nossa compreensão mais fácil. Imagine uma determinada instituição bancária emprestou cerca de cem dólares a Casa Branca. Então chega o momento do governo devolver este empréstimo. O que o mesmo faz? Diz para essa instituição ir diretamente a Reserva Federal Norte-americana que a mesma irá imprimir o dinheiro e pagar o valor que foi emprestado.

Essa prática possui o nome de “monetizar dívida”. O fato é que essa prática possibilita que os Estados Unidos se endivide com muito mais conforto e menor preocupação, se comparado a todo os demais países.

Todos os bancos do mundo costumam imprimir dinheiro todos os anos, e mais do que isso, também costumam disponibilizar capital de forma eletrônica. O que diferencia O FED dos Estados Unidos e a maioria dos demais bancos centrais dos outros países é a proporção com que esse dinheiro é emitido e disponibilizado.

Um ótimo recursos que disponibiliza diversos dados e informações acerca do aumento da oferta monetária é o indicador M2. países como Estados Unidos costumam imprimir dólares de uma forma muito mais reduzida e equilibrada do que outros países, que acabam por imprimir uma quantidade excessiva, tornando sua oferta muito maior do que a real procura por sua moeda.

Um exemplo chocante que ajuda a ilustrar este fenômeno é a comparação entre a Venezuela e os Estados Unidos. A Venezuela tem impresso cerca de cem vezes mais de dinheiro por ano, enquanto que os Estados Unidos não chegou nem a duplicar o aumento de sua impressão anual de capital. E um dado ainda mais chocante é que no ano de 2018, o banco central da Venezuela multiplicou a sua quantidade de dinheiro impresso para nada mais, nada menos do que  quatro mil vezes!

A poder de influência que o Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos possui

A quantidade de críticas em volta do Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos é enorme. Mas o fato que ninguém pode negar é que essa entidade talvez seja a mais poderosa de todo mundo, já que são as mãos que possuem o poder de controle do dinheiro que governam o mundo. A influência que o FED exerce direta e indiretamente na economia Global é enorme e muito visível. A cada reunião de seu comitê é possível abrir os jornais e assistir aos noticiários, informando quais consequências tais decisões irão gerar ao redor do mundo, afinal de contas, a entidade possui a função de emitir e controlar os dólares que circulam não somente nos estados unidos, mais em todo o globo.

Ninguém pode negar que existem muito mistérios que envolvem as políticas e os reais interesses por detrás do Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos. Mas é fato que a estabilidade do dólar tem sido garantia e reafirmada anos após anos graças às políticas decididas e elaboradas em seus comitês. E a cada mês que ocorrem as reuniões do comitê, é possível ver a corrida dos jornalistas e economistas para especular e analisar a respeito das decisões tomadas nas reuniões, quais efeitos as mesmas terão no setor financeiro e principalmente comercial dos países.