É muito comum lermos notícias nos jornais, se referindo a um aumento do swap cambial. Mas se você ainda é um investidor iniciante, ou até mesmo, ainda não começou a investir, mas gosta de economia e tem o interesse em operar neste setor, é muito importante compreender o que significa cada termo utilizado no contexto econômico. E para facilitar sua vida, nós elaboramos este artigo, que irá explicar o que é swap cambial, como funciona. Iremos também abordar uma explicação prática e simples, através de exemplos de swap cambial.
Os swaps foram criados no início dos anos oitenta e desenvolveram-se rapidamente para o resto do mundo, tanto pela sua estrutura financeira simples como pela plenitude de seu contrato, adequados para satisfazer as necessidades dos mais variados operadores do mercado financeiro.
O que é swap cambial
É a venda do dólar no mercado futuro, como uma interferência do Banco Central para ajustar a economia. Neste caso, não estamos falando da moeda sim sim, mas de tratos de swap cambial, isto é, o Banco Central realiza a venda do dólar mediante a contratos de futuros, e todas as entidades que possuem uma credencial e autorização, participam do leilão, e assim que o prazo que foi acordado se encerra, essas entidades pagam o valor dos juros para o Banco Central, e este paga a diferença da valorização da moeda. Então basicamente, essa é a resposta mais simples para a pergunta: O que é swap?
Os swaps de moedas pertencem à categoria de contratos de swaps de derivativos financeiros, um termo inglês que significa troca e permite que o objeto desses contratos seja claramente identificado: com um swap, de fato, duas partes concordam em trocar fluxos de pagamento determinados.
As operações costumam durante o período curto de dez minutos, e assim que o leilão é finalizado, logo em seguida sai o resultado. Os Bancos Centrais costumam avisar que vão realizar esse tipo de leilão, antes da data prevista para que o leilão ocorra.
Conceito técnico de swap cambial
Podemos considerar a definição de swap cambial como um Contrato pelo qual os fluxos periódicos são denominados em diferentes moedas. Os swaps cambiais de moeda são contratos financeiros derivativos, assim definidos porque seu valor “deriva” da tendência no valor de um ativo ou da ocorrência no futuro de um evento objetivamente detectável. A atividade ou evento de referência, que pode ser de qualquer tipo ou natureza, constitui o chamado subjacente do instrumento derivativo.
Os contratos financeiros derivativos são utilizados para atingir basicamente três finalidades:
- Hedge, também conhecida como hedge, que consiste em reduzir ou transferir a exposição ao risco financeiro associado a um determinado investimento e decorrente de mudanças desfavoráveis em variáveis financeiras; tais como taxas de câmbio, taxas de juros, preços de commodities e instrumentos financeiros; finalidade especulativa ou comercial, também conhecida como negociação, que consiste em assumir um risco financeiro com a intenção de obter lucro com base nas previsões quanto ao desempenho de certas variáveis financeiras;
- Arbitragem, que consiste em comprar instrumentos financeiros ou ativos em um mercado e vendê-los simultaneamente em outro mercado, de modo a obter um ganho decorrente das diferenças de preço entre os dois mercados.
Operação de swap cambial reverso
Nesta operação ocorre justamente o contrário do que acontece em uma operação de swap cambial tradicional. No swap cambial reverso o banco central entra em jogo e compra a moeda. Esse tipo de operação costuma ocorrer em momentos onde o dólar apresenta uma queda grave. É interessante lembrar que em ambos os contextos, o Banco Central age para manter o equilíbrio da compra e venda do dólar, e consequentemente, da economia local também.
Nos anos oitenta os swaps renderam mais de 2 bilhões de dólares por ano, graças ao grande interesse que esse método de negociação trouxe para o mundo. Esse instrumento pode ser uma ferramenta muito eficaz, se for operado na maneira certa
O funcionamento de um contrato de Swap
Um contrato de swap de moeda ocorre através da compra de fluxos de caixa (futuros), calculando-se os montantes que têm a mesma quantidade, com a única diferença de que eles estão em uma moeda diferente. Tudo isso é feito através da abertura de um contrato que tem um prazo muito preciso, para o qual o preço de troca é fixo, portanto os sujeitos estabelecem os termos e condições onde, no termo do período acordado, cada contraparte individual se compromete a pagar o contrato.
Um contrato de swap é composto principalmente de duas partes, uma transação à vista e outra chamada para a frente, que é essencialmente o oposto. Ou seja, o spot é para a compra da moeda em que estamos interessados, e o forward é o oposto, usado essencialmente como uma ferramenta para converter a moeda que foi contratada no início. Esse recurso permite que o contrato de swap seja explorado de acordo com um termo específico, que pode ser longo ou curto.
Vamos observar estes exemplos fictício abaixo, para compreendermos melhor o que é o swap e como funciona.
Exemplo 1
A empresa Petrobrás realiza a exportação de seus ativos e recebe os seus ganhos em dólares Norte-americanos, no entanto a sua produção foi custeada em boa parte, em reais brasileiros.
Exemplo 2
Uma outra companhia que realiza importações, recebe os seus ganhos, isto é, os seus lucros, em reais, mas os seus custos são pagos em dólares Norte-americanos.
Qualquer movimentação na taxa de câmbio irá impactar essas empresas. Por essa razão foram criados instrumentos de intervenção. O swap cambial é um desses recursos, que evita que as companhias fiquem tão próximas dos riscos cambiais. Um contrato de swap estipula que as companhias realizarão a troca dos riscos das moedas, e a consequência positiva desta ação é que, mesmo que ocorra movimentações nas taxas de câmbio de ambas as moedas, os seus lucros não serão afetados.
Exemplo 3 (Swap cambial)
No Swap cambial de fixo para fixo de dólar × euros: São trocados montantes de começo e futuros, e ao decorre do contrato são gerados os juros de uma taxa já pré determinada para cada moeda específica. O significado de swap cambial é “troca” e no caso do swap cambial, o objetivo principal é o controle das grandes altas no dólar Norte-americano.
A importância do swap cambial para o investidor
O swap cambial é um contrato financeiro, utilizado por investidores e companhias. Um dos principais benefícios do swap cambial é que o mesmo portege esses investidores e companhias das possíveis altas do dólar, até a data especificada no contrato. O Banco Central costuma oferecer este recursos para os operadores quando existe uma volatilidade muito elevada em relação ao câmbio, evitando assim, uma elevação drástica no dólar Norte-americano.
O processo é bastante simples e se dá da seguinte forma: As instituições financeiras adquirem através da compra, esses contratos, e em seguida vendem para seus clientes. Esses clientes que investem realizam a troca de risco com a autoridade monetária.
Qual é a remuneração ou lucro do investidor dentro deste processo?
Seu lucro será a variação do câmbio durante o período do contrato, somada a taxa do cupom cambial que equivale ao valor da taxa de juros em dólar. Enquanto que o Banco Central receberá a taxa de juros DI do período estipulado no contrato de swap. Caso o dólar tenha apresentado elevação durante o contrato, é o Banco Central quem deve pagar a diferença para o investidor. As operações com swap tradicional são liquidadas em reais, e cada contrato vale em torno de cinquenta mil dólares.
Um exemplo que ocorreu em 2003 no Brasil, pode ilustrar como o processo se dá. O ano de 2003 foi complicado para o Brasil pois o dólar Norte-americano teve muitas altas. Em razão disto o governo criou um programa, nomeado de “ração diária”. O programa durou cerca de dois anos e o Banco Central conseguiu vender através do mercado, cerca de 5,5 bilhões de dólares.
Mas em razão da derrubada da Presidente Dilma Rousseff, o Banco Central decidiu lançar um programa de swap reverso. Na prática é como se cada contrato de swap reverso anulasse o equivalente a um contrato de swap tradicional que possuía o mesmo vencimento, até que o estoque fosse finalizado. Mas o que levou o banco Central a ter que reduzir esses estoques? Os contratos possuem influência na dívida pública. O fato é que no ano de 2015, o Banco Central teve muitos prejuízos através desse tipo de operação. E o lucro adquirido em 2016 não foi superior ao prejuízo do ano anterior.
Além do mais, esse tipo de operação, eleva as despesas por intermédio dos juros, e o governo tem que fazer uma economia grande para conseguir pagar. Mas o fato é que, esse instrumentos é muito importante para fornecer previsibilidade para as empresas e os investidores, para que possam realizar seus investimentos e travar os custos.
O swap cambial e a liquidez
Uma linha de swap cambial é um acordo de troca de moedas estabelecido entre dois bancos centrais. As linhas de swap possibilita que o Banco Central consiga liquidez em moeda estrangeira junto ao Banco Central que emite a moeda em causa, normalmente a fim de poderem fornecer fundos nessa moeda aos bancos comerciais do respetivo país. Muitas vezes uma linha de swap é colocada em vigor afinal de manter a liquidez do mercado, o swap de liquidez.
O instrumento dá uma garantia melhor de que o mercado interbancário não se mantenha parado, e que ocorram novas movimentações. Essa tática está sendo usada pela Inglaterra e os demais países que fazem parte do Reino Unido, a fim de minimizar o impacto que a União Européia sofrerá com o Brexit.
Síntese final do swap cambial como um instrumento do Banco Central
Quando a política de câmbio de moedas de um país apresenta muita flutuação, os valores do câmbio tendem a ter uma alta oscilação e por essa razão o governo entende que precisa tomar alguma medida ou fazer o uso de alguma ferramenta, a fim de pôr em prática muita estratégia que regularize a situação do setor cambial.
A utilização do swap de moedas é bastante frequente em todo o mundo. Suas movimentações podem criar lucro, mas também podem gerar prejuízos aos especuladores que estão operando. Mas em suma, podemos dizer que esse tipo de swap é um recurso interessante que o Banco Central possui em mãos para fazer interferências nos impactos gerados pela falta de valorização do câmbio, além de tentar minimizar os estragos advindos de uma inflação.
As ações realizadas pelo Banco Central são uma peça chave para manter o setor econômico em equilíbrio, e ao mesmo tempo, se as ações não dão certo, as consequências podem ter um grande impacto no setor financeiro, como um todo. O Banco Central deve agir conforme a necessidade do momento, para que as companhias não sejam tão prejudicadas com muita especulação. É neste contexto de alta complexidade que o swap cambial entra em jogo.
É importante ressaltar que o governo deve utilizar essa ferramenta a fim de não promover mais danos ao comércio internacional, ou seja, aos negócios de importação e exportação. O swap nada mais é, em suma, do que um contrato com o objetivo da troca de indexadores. Ela é uma forma viável e prática para administrar as taxas entre as entidades ou investidores que estão operando. Um caso muito simples que nos ajuda a entender melhor essa realidade.
Quando uma companhia tem diversas dívidas em dólares, o contrato de swap é uma maneira de assegurar uma certa garantia, de que suas dívidas não perderam valor, caso a moeda local esteja passando por um processo de desvalorização, em razão de uma possível alta no dólar Norte-americano.
Então, podemos concluir que, o swap, deve ser usado majoritariamente como uma forma de segurança, ou seja, a fim de garantir que as empresas e os investidores não saiam
prejudicados em suas operações. No swap cambial o contrato deve ser feito baseado na moeda regional do país, para que a proteção em relação a uma elevação no valor do dólar seja garantida.