A Suíça para muitas pessoas é de certa forma um mistério. O país sempre procurou ter uma postura discreta, tanto na mídia quanto nos assuntos relacionados a política. No entanto, o seu sucesso econômico é conhecido em todo o mundo, assim como sua fama de paraíso fiscal. Mas será que a maioria das pessoas conhece qual é a taxa de emprego da Suíça? O país possui uma das economias mais estáveis do mundo e este fato sem sombra de dúvidas, reflete nas taxas de emprego e na qualidade de vida da população, que aliás, se beneficia de uma distribuição de renda equilibrada, onde é possível ter acesso aos bens de consumo e serviços com o salário médio oferecido no mercado de trabalho. Além destes fatores, o país é a opção bancária mais procurada por aqueles que desejam administrar e proteger grandes fortunas, ou seja, os bilionários.
O mercado de trabalho Suíço
O mercado de trabalho e a economia Suíça são um dos mais flexíveis do mundo em razão de seu conceito e sistema completamente liberais. Tal flexibilidade torna a Suíça um dos países mais atrativos para empresários empregadores, onde é possível demitir e contratar novos trabalhadores em um curto período de tempo. Essa característica que pode ser bastante interessante para um empresário, talvez não seja tão positiva para um profissional que deseja fazer carreira em somente uma ou duas empresas, já que a rotatividade neste tipo de sistema costuma ser grande, especialmente se o funcionário não cumpre com o que a empresa espera. Anda sim, o modelo econômico de mercado da Suíça promove uma indústria do trabalho bastante aquecida e repleta de opções para os diversos níveis de funções que existem.
Em contrapartida, existe a vantagem de que, em razão do mercado Suíço ser tão atrativo para as empresas, existe um grande número de vagas, ou seja, a taxa de emprego na Suíça costuma ser razoavelmente alta, seja para os profissionais mais qualificados academicamente, quanto para mão de obra para trabalhos mais pesados ou que exigem menos qualificação. Um dado interessante é que a Suíça é considerada uma das nações com maior contingente de profissionais qualificados do mundo, e isto não se dá somente pelo fato do país investir em educação, mas especialmente pelo fato de que a maioria das vagas para mão de obra qualificada oferecem um salário justo, com uma remuneração capaz de arcar com uma alta qualidade de vida, além dos benefícios.
Como consequência destas vagas, diversos profissionais estrangeiros altamente qualificados, decidem morar no país, como uma melhor opção para construir suas vidas.
Taxa de emprego na Suíça
A Suíça é um dos poucos países que possui o seguinte diferencial: Investimento em um ensino bastante prático, onde os conhecimentos teóricos devem ser reforçados com a prática através da experiência ainda na escola. Por essa razão, muitos estudantes ao concluir o que consideramos um ensino médio técnico no Brasil, começou a trabalhar como mecânico, cozinheiros e outras profissões bastante tradicionais, que em alguns países não valorizam e que cujos mercados oferece salários baixos. No entanto,devido a taxa de emprego Suíça, tais profissionais conseguem vagas nos respectivos cargos ganhando em média quatro mil francos suíços, que daria pouco mais de dezenove mil reais mensais, salário que até mesmo um mecânico bastante experiente no Brasil dificilmente ganharia.
De acordo com informações disponibilizadas pelo OCDE (Organização para o Desenvolvimento e Cooperação Econômica) os empregos no país estão divididos da seguinte forma: 12,6% concluíram somente o ensino fundamental, 46,2% tem formação profissionalizante secundária (cursos técnicos ou especializações técnicas curtas), e 41,2% têm formação avançada terciária (alguma formação acadêmica). Ou seja, o índice de emprego da suíça está dividido majoritariamente entre os profissionais com formação técnica ou acadêmica, porém, ainda sim existe um espaço considerável para aqueles que possuem pouco estudo, mas desempenham alguma função.
Podemos concluir que não precisa de muito para trabalhar no país, já que um curso técnico curto pode promover a experiência necessária para que um jovem consiga ser inserido no mercado de trabalho.
Emprego versus desemprego
Apesar no mercado Suíço de trabalho ser um dos mais otimistas para a nova geração, a realidade das pessoas de mais idade não é a mesma, pelo menos, segundo o que afirma o jornal “Le Matin Dimanche” da Suíça. Segundo a própria fonte, somente pouco mais de 13% das pessoas de idade que conseguem emprego, conseguirão um emprego estável novamente, no futuro. Neste caso estamos falando de pessoas com a idade a partir de 50 anos. Ou seja, podemos concluir que a taxa de desemprego é bem maior no meu das pessoas da segunda e terceira idade. Talvez agora que você conhece esses dados, esteja se perguntando, o que acontece com essas pessoas, como elas conseguem viver sem um emprego e um salário? A resposta é simples, assim que o seguro desemprego acaba, essas pessoas passam a receber assistência social do governo para sobreviverem.
A partir destas informações, podemos constatar que o mercado de trabalho, assim como o salário mínimo da Suíça (3480 francos Suíços) é bastante otimista, porém especialmente em relação aos novos trabalhadores, isto é, a nova geração que está começando suas atividades no mercado de trabalho, já que a realidade das pessoas com a partir de 50 anos é diferente. Porém a notícia boa é que, a taxa de desemprego no país caiu em 4% no ano passado (2018), e veio caindo nos anos anteriores pouco mais de 3%, ou seja, a economia está crescendo, e consequentemente, isto beneficia o mercado de trabalho, que oferecerá mais vagas de emprego. Atualmente as vagas de empregos que mais precisam de profissionais são as seguintes: Enfermeira, eletricista, gerente de projeto, desenvolvedor de software, gerente de vendas, encanador, carpinteiro, comerciário, mecânico de precisão, técnico. A taxa de emprego na Suíça ainda com todas as dificuldades é uma as menores no mundo e o país vem fazendo uma série de políticas públicas para melhorar o mercado e criar um equilíbrio entre as vagas de emprego para os jovens e para as outras idades, já que todo cidadão precisa de um rendimento para pagar seus gastos e ter uma qualidade de vida justa.