Conheça o que é risco da taxa cambial e como ocorre

Milhares de pessoas acompanham as alterações na taxa de câmbio todos os dias ao redor do mundo. Ou seja, quanto que a moeda local vale ao ser colocada em comparação com uma moeda estrangeira. Mas muitos indivíduos não compreendem quais são os fatores determinantes quando o tema é a definição do risco de câmbio. O que realmente influencia e define o câmbio de mercado deve ser levado em consideração por aqueles que têm interesse em economia, em estudar sobre o setor financeiro ou operar nos diversos mercados financeiros que existem. Se você é uma dessas pessoas, nós estamos aqui para lhe ajudar.

Elaboramos este artigo com o objetivo de descrever e explicar de uma maneira simples o que é risco cambial, seu conceito e como ocorre. Então vamos lá!

O câmbio e o comércio internacional

O que determina o câmbio é a razão entre o poder de compra relativo entre duas moedas. esse é um fator determinado a longo prazo. Para explicar este fenômeno, vamos considerar os seguintes exemplos:

Exemplo 1:
Vamos pegar uma TV de led tamanho padrão e uma cafeteira. O valor da Tv de led está em torno de R$1799,00 e o preço da cafeteira está em torno de R$259,00. Se realizarmos a razão entre estes dois produtos, qual será o câmbio entre ambos? Para chegar a este resultado, basta fazer uma divisão do valor da TV de led pelo valor da cafeteira, que resultaria em 6.9 cafeteiras por TV. Então este valor representa a”taxa de câmbio” ilustrativa entre estes dois produtos, que utilizamos para exemplificar este conceito.

A moeda também é considerada um ativo, ou seja um produto que pode ser comprado ou vendido, e esse mercado é um dos que mais apresenta liquidez, além de possui um volume extremamente alto de negociações. E em razão disto, esta indústria também possui riscos, chamados de risco cambial.

Conheça o que é risco da taxa cambial e como ocorreMas como esse processo se dá entre duas moedas?

Exemplo 2:
Para entender melhor, iremos utilizar como exemplo outros dois produtos que são idênticos e produzidos por dois tipos de economias. vamos utilizar o tão conhecido Big Mc, sanduíche mais conhecido da rede de fastfood Mcdonald’s, e que é produzido, tanto no Brasil, quanto nos Estados Unidos. Se observarmos o preço desse sanduíche nos Estados Unidos, que hoje está cerca de $5,58, e o seu preço no Brasil, que pode está em média R$16,90, ao dividirmos esses valores teremos o resultado de R$3,03. Então poderemos concluir que 1 dólar, compra 3.03 reais. É claro que este caso é apenas ilustrativo, e esses valores (dos sanduíches) podem ser variados.

Então os 3,03 reais é a “taxa de câmbio” do exemplo, ou seja, a taxa de câmbio de acordo com a teoria da paridade do poder de compra (teoria que afirma que o câmbio determinado pela razão entre o poder de compra das duas moedas, ou pela paridade do poder de compra). Mas por que será que na prática, os 3,03 não é o valor encontrado? Se hoje, de acordo com a “ótica do Big Mac” o câmbio deveria ser 3,03 reais, no entanto, se encontra próximo dos 4 reais? A resposta é bastante simples. Porque assim como o sanduíche e outros bens de consumo, a moeda também é considerada um produto e também é negociada no mercado, em específico através do mercado cambial.

O mercado cambial e os riscos de câmbio

Como mencionamos anteriormente, o mercado de câmbio, isto é, da troca de moedas estrangeiras é um dos mercados mais líquidos no setor financeiro. E em razão disto pode apresentar risco de câmbio. Para se ter uma idéia este é o mercado mais líquido de todo o planeta, superando até mesmo a bolsa de valores. Além do mais, este também é o mercado com os níveis de volume de negociações mais elevados do mundo, movimentando cerca de 5 trilhões de dólares todos os anos. Esse é o valor do giro financeiro do mercado que ficou conhecido popularmente como Forex (Forex exchange).

Todos os dias os valores das moedas estão sendo arbitrados pelos negociadores e investidores que operam nesta indústria, por essa razão não é possível verificar na prática o câmbio pela teoria no poder de compra. Além do mais, existe um risco de taxa de câmbio a ser levado em consideração.

O que é risco cambial

O risco cambial é fato de que não existe uma garantia futura em relação ao preço de uma moeda em específico, em razão das movimentações que uma taxa de câmbio sofre. Este termo consiste nas chances que as taxas de câmbio possuem entre moedas de nações que realizam exportações de se movimentarem em direções opostas, no período de sua cotação e quando uma negociação é liquidada.

É possível ter lucro ou prejuízos através de operações de compra e venda por parte dos investidores ou até mesmo companhias bancárias de uma forma previsível em consequência das mudanças que ocorrem nos valores de câmbio dos ativos.

O risco de câmbio e o risco de câmbio e o comércio internacional possuem uma ligação direta, já que o mercado de troca de moedas é conhecidamente internacional, pois lhe dá com moedas estrangeiras de todo o mundo e é operado de todos os lados do globo.

Existem vários tipos de risco cambial, os mais conhecidos são:

  • Risco de previsão: Realiza uma análise das chances de mudanças no valor durante o tempo da negociação;
  • Risco do sistema: Observa os erros do sistema que administra a exposição aos riscos existentes;
  • Risco de exposição: Procura definir o tamanho do fluxo de caixa que tem como objetivo através de uma especulação ou prevendo;
  • Risco de mercado e transação: Analisa os riscos que vem a cada mercado em específico e a chance de uma negociação não ter os resultados previstos.

Os riscos cambiais e as empresas

Toda companhia que opera com dinheiro, ou diretamente no setor financeiro através de operações comerciais está sujeita a riscos, já que as perdas de capital através de operações e as mudanças que ocorrem dos valores do câmbio diariamente são sempre um motivo de cautela por parte dessas instituições. Então, podemos dizer que, existe sim, um risco cambial das empresas.

Existem alguns fatores que tem o poder de impacto  nas companhias que administram diariamente o risco de câmbio. Os dois principais são: A queda nas taxas de câmbio e a elevação das taxas de câmbio.