A política monetária cada vez mais tem sido um tema em evidência e amplamente discutido, não somente na esfera nacional, como também no mercado internacional. Basicamente, é ela quem rege a quantidade de dinheiro que está circulando, e age diretamente no controle das ações econômica sou financeiras de um país. Uma economia sadia, passa, obrigatoriamente por uma boa política monetária, que seja eficaz, prática, eficiente e que atenda principalmente as demandas da realidade do país em questão
Para lhe ajudar a compreender um pouco mais sobre o que significa política monetária, quais são as suas implicações, suas características e aspectos mais importantes, que decidimos escrever esse guia breve, porém rico em detalhes. Através deste texto, também temos como objetivo, abordar todos os contextos que envolvem a política monetária com o comércio e os mercados financeiros,tanto nacionais como do exterior.
O que é política monetária
Se você é um leigo ou está começando a se interessar por economia ou comércio a pouco tempo, já deve ter se deparamos inúmeras vezes com esse tema, e talvez esteja se perguntando, o que é política monetária? estamos aqui para responder suas dúvidas, então vamos lá!
A política monetária basicamente pode ser definida como o aglomerado de regras, leis, recursos em geral vindos do governo de um país em específico, visando direcionar para onde vai o capital em circulação no mercado ou na indústria como um todo. Todo política monetária deve possuir metas que são estipuladas antes de qualquer plano econômico ser colocado em prática, para beneficiar a estabilidade financeira de uma nação. A instituição responsável pela política monetária é geralmente o banco central (bancos comerciais) que, através de uma série de instrumentos, age sobre a liquidez bancária e, portanto, sobre as taxas de juro do mercado monetário de uma forma consistente com os seus objetivos em específico.
Então, sempre que falamos sobre política monetária, precisamos ligá-la diretamente a economia, pois a política monetária é o conjunto de objetivos, ferramentas e intervenções adotadas por um Estado para mudar e orientar dinheiro, e esse dinheiro pode significar crédito e financiamento também, não somente dinheiro em espécie, com o objetivo principal de promover uma política econômica sadia e muito bem planejada, dos quais a política monetária também é parte integrante.Em uma abordagem geral, esse é um significado de política monetária.
Exemplos para compreender como a política monetária funciona
Em tempos de recessão, existem várias formas do Banco central modificar a situação, para que mais capital passe a ser movimentado, fazendo com que a economia volte a crescer e que a população volte a possuir poder de compra novamente. Em casos de inflação, também existem outras estratégias, que visam diminuir a liquidez do mercado, com o objetivo de diminuir a quantidade de capital em circulação e consequentemente amenizar a alta liquidez que o mesmo esteja apresentando.
Para cada situação economia existem exemplos de políticas monetárias que podem ser colocadas em práticas, para que a economia seja colocada na direção certa novamente. Em períodos prolongados de baixa inflação e baixas taxas de juros, o banco central também pode adotar medidas não convencionais de política monetária, como políticas voltadas para a compra de títulos.
Como o tema da política monetária e relativamente amplo e engloba uma série de detalhes e características muito peculiares, ele foi dividido basicamente em duas faces: A política monetária expansionista e a política monetária contracionista. E para poder entender mais a fundo e de uma forma geral, vamos analisar cada um deles, o que eles significam, como funcionam e etc.
Política monetária expansionista
A política monetária expansionista possui um diferencial, pois a mesma vem com uma proposta interessante de diminuir a recessão. Ela opera em contra partida a política monetária contracionista, pois sua meta é aumentar a liquidez e consequentemente a inflação. E é neste ponto que ela pode apresentar alguns riscos, já que pode super aumentar a inflação, desestabilizando a economia como um todo, e por essa razão deve ser colocada em vigor, quando necessário, através de muito estudo, análises e uma prática inteligente, que consiga identificar o momento certo de parar.
A sua maneira de atuar é através da diminuição das taxas de juros, e do aumento do poder de consumo da população, para que mais capital passe a circular no país, gerando assim uma liquidez maior dentro do mercado. Ele costuma ser utilizada em tempos de recessão, onde as pessoas não possuem poder de compra e a economia se encontra muito parada e precisa retomar as suas atividades saudáveis e as movimentações necessárias para continuar apresentando um crescimento necessário.
Assim como no caso da política monetária contracionista, a expansionista possui três recursos de aplicação de suas estratégias, o mercado aberto, o redesconto e op depósito compulsório. Em relação ao mercado aberto, o Banco central costuma adquirir novos títulos para aumentar a quantidade de capital que circula dentro do mercado comercial do país. Isso faz com que mais instituições bancárias possam adquirir mais empréstimos, dando uma motivada nas movimentações financeiras da economia.
Já o redesconto dentro dessa política irá fornecer empréstimos com taxas de juros menores, o que estimulará as instituições bancárias e mover a economia, sem ter tanto medo dos possíveis riscos. O depósito compulsório atua em contrapartida ao redesconto, pois quando a taxa obrigatória é reduzida, as instituições bancárias passam a possuir mais capital para trabalhar. Esse recursos tem a capacidade de aumentar ainda mais a quantidade de dinheiro que está circulando no mercado, estimulando assim o consumo, a solicitação de empréstimos e aumentando a quantidade de moedas que será negociada. no comércio de bens e serviços.
Política monetária contracionista
A meta mais importante desse tipo de política monetária é controlar a inflação, que pode ser gerada pelo excesso de consumo ou excesso de dinheiro circulando no mercado. O banco central costuma elevar as taxas de juros através de uma série de medidas, criadas a parte da política monetária contracionista, com o intuito de estabilizar a inflação, e não permitir que a mesma continue e crescente crescimento. No geral, essa é a definição da política monetária contracionista. Ela é chamada por muitos especialistas em economia como uma política restritiva.
Existem três fatores importantes na implementação desse tipo de política monetária, o open market ou mercado aberto, o redesconto e o depósito compulsório. O mercado aberto é o local onde existe o comércio de títulos e ativos. A instituição bancária mais importante do país costuma ter como objetivo colocar a venda esses títulos, com o objetivo de reduzir a liquidez do mercado, e limitar a inflação geral. Quanto mais títulos forem vendido, menor será a liquidez do mercado, já que menos capital estará circulando no mesmo.
Outro exemplo de política monetária se dá a partir do redesconto. Ele vai em contra partida ao terceiro exemplo, logo abaixo, pois é uma espécie de crédito que as instituições bancárias voltadas para o comércio pegam emprestado com a Bacen. Os impostos desses tipos de empréstimos são muito altos, já que os mesmos tem como objetivo punir essas instituições, quando as mesmas estão em uma situação de saldo negativo. Então podemos dizer que o redesconto exige sempre taxas elevadas de juros. O que ocorre de fato é que a maioria das empresas optam por não pegar emprestado com o redesconto, em razão das taxas altas, que podem lhe dar grandes prejuízos no futuro.
E por último nós temos o depósito compulsório, nele ocorre o contrário que acontece no redesconto. O depósito compulsório é uma quantia que as instituições bancárias precisam possuir no Banco central. É uma maneira de reduzir a liquidez e de atestar de que a instituição bancária possui um capital além daquele que a mesma pegou emprestado através de crédito ou empréstimo com o banco mais importante e que cria as políticas monetárias do país.
A maneira mais óbvia de tornar o depósito compulsório uma espécie de política monetária restritiva é através da elevação dos impostos ou taxas desta ferramenta. Fazendo assim o Banco Central promove a queda da inflação e a diminuição das atividades dos bancos, que passaram a não possuir valor suficiente para emprestar em grandes quantidades.
Um lado negativo em relação às políticas monetárias contracionistas é que ela pode aumentar os índices de desemprego, além de tornar mais baixo o valor do PIB de um país, então é preciso ter muita cautela e um planejamento estratégico muito sólido e inteligente, que não gere prejuízos maiores para a economia.
Os objetivos da política monetária
Parte da política econômica que tem estabilidade monetária (estabilidade do poder de compra da moeda, ou seja, de consumo por parte da população em geral, ou estabilidade dos preços dos bens de consumo e dos serviços disponíveis no mercado), como seus objetivos específicos e prioritários, a estabilidade da taxa de câmbio, além da estabilidade do sistema financeiro como um todo. São diversos os objetivos da política monetária, e por essa razão eles costumam ser classificados em objetivos finais e objetivos intermediários.
- Objetivos finais: São os mesmos da política econômica (preços justos e competitivos, taxas de emprego em equilíbrio, desenvolvimento econômico). A política monetária está preocupada em atingir um ou mais objetivos ao manejar variáveis monetárias (taxa de juros ou quantia de dinheiro em circulação no mercado). No geral, o principal objetivo atribuído à política monetária é a estabilidade de preços. De fato, observou-se que a busca desse objetivo é a maior contribuição que a política monetária pode dar ao crescimento econômico em um prazo médio. No entanto, como o nível de preços não pode ser diretamente operado pelo Banco Central, a necessidade de definir objetivos intermediários foi teorizada. O objetivo intermediário deve possuir as seguintes características:
- A capacidade de encontrar possíveis problemas para o futuro, o controle em relação a limites menores e aos recursos que o governo possui a sua disposição e um equilíbrio a médio e longo prazo, que visa o objetivo final. A seleção da meta intermediária da política monetária que precisa ser implementada, possui uma ligação direta com as teorias em relação ao sistema de transmissão dos impulsos monetários. Mas em resumo, podemos afirmar que os principais objetivos da política monetária é o controle da inflação e uma meta monetária mais adequada a para a saúde da economia.
Aspectos relevantes da política monetária
A política monetária assumiu recentemente um papel de sub-rogação da política fiscal na gestão da demanda agregada. Os instrumentos da política monetária são controles administrativos diretos sobre crédito e empréstimos, como no caso do controle das taxas de juros. Uma tema relevante em relação à política monetária, que também constitui um problema de constituição que surgiu após a revolução industrial é a das competências no campo da política monetária, geralmente resolvidas em sua atribuição a um banco central que opera de forma independente, e na maioria das vezes independente até mesmo das decisões do governo.
Para atingir esses objetivos, os bancos centrais, que geralmente são responsáveis pela política monetária, com uma relativa independência do tesouro nacional, possui dois recursos à sua disposição: a base monetária e a taxa de juros. Essas são sem dúvida uma das características da política monetária que encontramos ao redor do mundo. Em uma suma síntese podemos concluir que a política monetária foca nas decisões tomadas pelo banco central para influenciar o custo e a disponibilidade de dinheiro na economia.
Sem que um país possui uma política monetária eficaz e que compreenda de fato os anseios e as demandas de seu mercado, é praticamente impossível possuir uma economia saudável, e que apresente equilíbrio. Todos nós sabemos que o setor econômico e comercial é um dos mais instáveis, pois possui muitas variantes, que podem interferir em suas atividades, sejam elas financeiras, políticas e outras. Atualmente a política monetária mais utilizada é que visa controlar a inflação, fator que continua sendo por décadas a “inimiga” de muitas economias emergentes, e o advento da revolução industrial só fez aumentar esse elemento.
Mas ainda sim, muito economistas afirmar e provam por “a” mais “b”, que a inflação, quando em um nível mínimo, pode ser positiva para a economia, pois gera um equilíbrio de consumo no mercado, para que o mesmo continue apresentando um crescimento contínuo.