O universo financeiro/econômico é repleto de expressão s e termos que são utilizados para identificar situações, estratégias, grupos de países e assim por diante. Por exemplo, o que significa “PIIGS”? O termo “PIIGS” ou “PIG” é uma referência não muito sutil ao grupo de países que fazem parte da zona do euro e que possuem uma das economias mais fracas de tal comunidade Europeia. Segundo consta, o termo teve origem na língua Inglesa, sobretudo o Reino Unido. A palavra Inglesa “Pig” em uma tradição para a língua Portuguesa significa “porcos”, somente a partir deste significado nós já podemos perceber que o termo está muito longe de ser algo positivo, ao contrário, é um adjetivo bastante pejorativo. Para compreendermos melhor a razão de tais países serem chamados pela termo “PIIGS”, e quais são esses países, vamos explorar a explicação a seguir.
A origem do termo “PIIGS”
Quando ocorreu a crise de 2008/2009, a Espanha Portugal, Grécia, Irlanda e Itália mostraram-se extremamente vulneráveis, especialmente em razão do grande crescimento de seus endividamentos e do alto déficit público em relação ao Produto interno bruto desses países (PIB). A partir deste momento outros termos foram utilizados para denominar este grupo de nações, como por exemplo o “cinturão das azeitonas”, já que todos estes são produtores, já que o Sul da Europa é um território bastante propício para este tipo de plantio e tem uma tradição histórica com este tipo de commodity.
O termo se tornou ainda mais popular com publicações dos renomados jornais “The Economist” e o “The times”. Existem novas variações do termo, com dois “I” representando a Itália e a Irlanda além de um outro novo termo com dois “G” representando a Grécia e a Grã Bretanha. O fato é que tais expressões não são nada positivas, e apenas trazem a tona, ou reforçam a situação económica complicada em que a Europa está, ainda que venha se esforçando para sair de tal status negativo. Embora a expressão “PIIGS” ficou muito conhecida mundialmente a partir do ano de 2008, na década de noventa ela já era utilizada pela própria comunidade Européia para se referir aos países do sul do continente, ou seja, ela não é nenhuma novidade.
As dívidas e os déficits públicos da Itália, Espanha, Portugal, Grécia, Irlanda vem crescendo ano após ano e tal situação está muito longe de ser resolvida, já que todos sabem que pagar dívidas altas não é algo tão simples, e que tais dívidas tendem a se entender cada vez mais, formando assim uma espécie de “bola de neve“ de endividamento. É imediatamente aparente que os países com a maior dívida pública em percentagem do PIB são a Grécia e a Itália, com valores de acções da dívida pública bem acima de 100% do seu PIB
Os “PIIGS” e a zona do Euro
Países como a Alemanha e a Inglaterra já se pronunciaram diversas vezes e já deixaram inclusive de firmar acordos com a Zona do Euro por medo de ter que arcar com o endividamento destas nações. O maior dilema da Zona do Euro atualmente é equilibrar os interesses do grupo e os interesses de cada nação individualmente. Já que os países em situação mais complicada precisa da ajuda dos mais fortes, como Alemanha, porém os mais forças tem medo de saírem prejudicados tentando ajudar seus parceiros.
O Próprio movimento do Brexit (saída do Reino Unido da zona do Euro) pode está, sem sombra de dúvidas, diretamente ligado a todo este contexto. Muitos especialistas mostram grande preocupação em relação a uma possível desunião ainda maior por parte dos países que firmaram o acordo da zona do euro, já que embora a União Européia seja uma comunidade nova, ela tem gerado bons resultados, especialmente em relação ao fortalecimento comercial da região. O termo PIIGS acaba separando os países com economia mais fraca dos demais, e tal conceito não é algo positivo.
Essas economias são caracterizadas por alta dívida pública, saldo deficitário e baixo crescimento econômico. Ainda sim, um grupo de países é muito mais forte na maioria dos casos, do que somente um, e quando tal comunidade compartilha a mesma moeda, os laços se tornam ainda mais profundos.Devido às contas públicas precárias, à fraca competitividade das economias nacionais e aos altos níveis de desemprego, os PIGS estão lutando para pagar suas altas dívidas soberanas e, consequentemente, arriscam sair da zona do euro e contribuir para o agravamento da crise econômica internacional iniciada em 2008.