É muito comum lermos ou escutarmos notícias referentes a intervenção do Banco Central em relação a uma série de fatores no mercado. Normalmente as intervenções estão relacionadas a taxa de câmbio e visam controlar e manter o equilíbrio econômico. Por exemplo, quando a inflação está muito alta, ou se torna uma hiperinflação, o Banco Central costuma intervir, ao invés de deixar o mercado seguir seu curso de forma autônoma. Tais intervenções muita das vezes são parte de um plano de política monetária que quer controlar a inflação, as taxas de juros e manter o equilíbrio entre a oferta e a demanda no mercado, conforme os interesses do Banco Central. Mas para compreender melhor esse contexto, vamos para a explicação a seguir.
Definição de intervenção do Banco Central
Até mesmo para os países que seguem políticas econômicas de flutuação, é possível ver em alguns momentos o Banco Central mudando taxas de câmbio e “ditando” certas regras. Mas o que é uma intervenção do Banco Central de fato? Intervenção do Banco Central é tudo o que o Banco Central decidir em relação a emissão de dinheiro e outras decisões inerente às políticas monetárias de um país. Sempre que um Banco Central interfere no preço “natural” do Câmbio no mercado, nós podemos chamar esta ação de intervenção do Banco Central. Todos os anos os Bancos Centrais ao redor do mundo realiza diversas intervenções a fim de regular a situação financeira do país.
Exemplos de intervenções do Banco Central
Um exemplo clássico de intervenção direta do Banco Central, é quando ele altera o valor do dólar em comparação com a moeda nacional vigente. Outro exemplo de intervenção é quando o Banco passa a emitir uma quantidade muito inferior de notas, com o objetivo de tornar a demanda pela nota maior do que a oferta atual.Isso ocorre em muitos casos, especialmente quando o país quer dar mais “valor” ao seu dinheiro. Um outro exemplo, porém neste caso, errôneo de intervenção do Banco Central, é quando em um momento de longa hiperinflação, o Banco Central decide imprimir mais notas, como é o caso do Governo Venezuelano, que tem ordenado todos os anos ao Banco Central da Venezuela, para que uma quantidade enorme de dinheiro seja impresso, a fim de controlar a hiperinflação.
E o resultado tem sido desastroso, já que a moeda ficou completamente desvalorizada. tal valorização deu-se em razão de passar a ter muito mais dinheiro no mercado, isto é, muito mais oferta, do que procura, além do fato dos preços dos bens de consumo e serviços passarem a ser muito caro. Hoje praticamente não existe venda e compra por completo na Venezuela, e os cidadãos estão muitas vezes trocando um produto por outro, em razão da falta de valor da moeda local. Então, muitos governos precisam ter muita cautela, para que suas intervenções não tragam prejuízos ainda maiores para suas economias. E por essa razão também é tão importante que um investidor, e até mesmo uma pessoa comum aprenda o que é uma intervenção do Banco Central.
A razão do Banco Central intervir
Normalmente o Banco Central intervém, como mencionamos anteriormente a fim d e controlar possíveis desequilíbrios econômicos ou trazer a estabilidade do mercado local. Ao longo da história, ocorreram diversas políticas de interferência dos Bancos Centrais ao redor do mundo, em especial em episódios pós guerra, de grande deflação, hiperinflação, ou depressão. O Japão, é um exemplo clássico que explica por que um Banco Central intervém. O país estava atravessando um período de alta deflação, foi então que o Banco Central do Japão decidiu realizar políticas de baixa de juros para investidores.
Isso colocou a moeda do Japão em destaque, como uma nova opção de moeda de reserva, onde os investidores compravam-na para em seguida investir em outro ativo que lhe desse mais lucro. O Japão hoje possui a terceira moeda mais negociada do mundo. Ainda que sua moeda tenha um valor muito abaixo da maioria das moedas de base, como o euro, o dólar e a libra esterlina, ainda sim, ela é uma ótima opção em razão de sua estabilidade. Esse caso, portanto, pode ser mencionado como um caso bem sucedido, embora ainda esteja em vigor, e ainda esteja aguardando mais resultados para o futuro.