Entenda o que são eurobonds e para que eles servem

No mundo moderno, cada vez mais aumenta a quantidade de formas de investir. Hoje em dia é possível investir em praticamente todo o tipo de ativo, seja ele real ou financeiro. Algumas modalidades já são velhas conhecidas das pessoas, como é o caso do ouro, porém outras embora apresentem diversas vantagens, ainda não pouco conhecidas do grande público que se interessa por economia, mesmo já existindo a milênios. Neste contexto existem os bonds e eurobonds, você já ouviu falar sobre eles? Eles podem ser emitidos por empresas, instituições bancárias ou o próprio governo de um determinado país.

E para contribuir com sua aprendizagem sobre  formas de investimentos, hoje em especial falaremos sobre os eurobonds, e iremos explorar suas vantagens e desvantagens, além de descrever uma definição completo acerca do mesmo. Vale lembrar que essa categoria está no mercado a muito tempo, e é uma ótima opção para diversificar sua carteira de investimentos. Um outro ponto que faz dos eurobonds opções muito interessantes, é que muitos especialistas e investidores acreditam que eles podem ser uma boa saída para o problema da crise financeira atravessada pela União Européia nos últimos anos.

Uma explicação sobre o que são bonds

Antes de entrarmos no temo a respeito do que são os eurobonds, precisamos explicar de uma forma objetiva o significado de bonds, isto é, sua definição em economia. Na língua portuguesa o termo “bond” é designado para denominar uma obrigação. Essa obrigação nada mais é do que um contrato entre quem pede emprestado  e quem realiza o empréstimo, onde o emissor passará a ser vinculado ao pagamento do valor emprestado, além dos juros que foram estabelecidos através do contrato. Um dos motivos que fazem com que as pessoas optem por investir em bonds é a sua capacidade de renda e o risco mínimo, já que seu risco é controlado.

Entenda o que são eurobonds e para que eles servemOs bonds se diferem das ações e são considerados um dos meios de investimentos mais conservadores. E se engana quem pensa que essa modalidade é recente. Pois na verdade os bonds são uma das formas mais antigas  de rentabilidade, e podemos dizer que ele tem mais de mil anos. Já que existem registros desta atividade na antiga Mesopotâmia, atual Iraque. Os bonds foram utilizados de diversas formas, incluindo para financiar guerras a milênios de anos atrás. Ou seja, os bonds não são uma novidade e possui anos de credibilidade, e sofreram ao longo desses anos aperfeiçoamentos e adaptações, sendo o eurobond um desses resultados positivos.

Uma definição completa de eurobonds e seu papel

Em uma definição de eurobonds mais exata e objetiva, podemos dizer que os mesmos são nada mais, nada menos do que obrigações, ou seja, títulos de crédito, emitidos em uma moeda distinta da moeda do emissor, em uma outra nação. Cada eurobond possui sua própria obrigação, e por essa razão podem pagar tipos de taxas diferentes, como as taxas fixas ou as taxas flutuantes, e possuem a capacidade de serem permutáveis. Aqueles que pagam juros anos ano, sem dedução das taxas de imposto são os portadores das obrigações eurobonds, basicamente essa é uma resposta bem breve, porém objetiva para o que são eurobonds.

O valor nominal do título tem um vencimento e uma taxa de qual é a taxa de juros e na qual o eventual cupom é destacado reverso do preço do título é baseado. Atualmente, portanto, cada estado é o selo e a solidez de sua economia. Eurobônus são considerados também uma obrigação coletiva. A prolongada crise financeira e a contração do crédito causaram um aumento nos custos de empréstimos para vários países da zona do euro, particularmente Itália, Espanha, Irlanda, Portugal e Grécia. A ideia da Eurobond e do governo para emitir valores mobiliários garantidos de todos os países que fazem parte do Euro. Os títulos são emitidos por uma agência especial da dívida europeia, criando um novo e enorme mercado de títulos.

Exemplo de eurobond

Os que são emitidos pela Grã-Bretanha por exemplo, são chamadas de Bulldog Bonds, e existem diversos outros títulos, que são emitidos pelos países mundo afora. Não existe uma obrigatoriedade para que os eurobonds sejam operados somente através da bolsa de valores.

Os eurobonds e a crise Européia

Todos sabem que a Europa vem atravessando uma crise nas últimas décadas. DE acordo com alguns economistas Europeus, é possível criar e condições para devolver um pouco de fôlego para empresas e cidadãos. Mas qual é o objetivo dos gentidades européias ao utilizarem os Eurobonds? O Eurobond como um recurso ou instrumento resolveria o problema de muitos países economicamente devastados (Espanha, Portugal, Grécia, Irlanda, e a Itália) como em somas muito altas que tampouco sonhariam com o cloro.

Os títulos do governo são usados ​​por nações individuais para se financiarem. Eurobond significa títulos do governo europeu. Por exemplo, se a Itália emitir um bilhão de BOTs, então é porque usa um bilhão de euros para financiar políticas que ficam difíceis, elas passam a produzir Riqueza. Quem comprar estes BOTS receberá então, no vencimento, o reembolso do valor pago mais os juros.

Então, por que ainda não foram feitos? A razão para isso é o fato de que não deve ser pago pelo governo italiano. Em essência, estamos falando da Alemanha. Não é nenhuma surpresa que, é a Alemanha que se opõe ao lançamento das Eurobonds, porque as TAXPANTS alemãs financiam as políticas de recuperação da Grécia e de outros países em dificuldade. Mas o fato é que muitas economias europeias não tem crescimento e se desenvolvido como o esperado, e muitos veem a implementação do eurobonds como uma boa saída para alguns de seus problemas.

A taxa de juros, portanto, seria muito menor e incrivelmente próxima da alemã. A razão pela qual as Eurobonds são opostas pelos alemães é óbvia: seria espalhar o risco dos países em crise em todos os países da União Europeia, acima de tudo na Alemanha, que está indo bem, independentemente das Eurobonds. A escassez de dívida pública segura na Europa e sua distribuição assimétrica entre os estados europeus criam dois problemas.

Entendendo a raíz do problemas da crise financeira no continente Europeu

Como mencionamos anteriormente, muitos profissionais do setor financeiro, acreditam que os bônus de estabilidade eurobônus, podem ser considerados como o instrumento mais adequado para resolver a crise da dívida. Atualmente os países da União Européia com uma das situações mais complicadas são a Itália, a Espanha e a Grécia.

Mas qual é a principal razão que coloca esses países em uma situação de crise financeira? A resposta basicamente é que eles são incapazes de financiar sua economia com empréstimos a juros baixos. A Alemanha “compra dinheiro” (ou seja, emite títulos do governo) com juros muito baixos, o que é cerca de um ponto percentual. Eurobonds são nada mais do que títulos do governo emitidos pelo Banco Central Europeu. A garantia, portanto, seria, portanto, representada pela instituição emissora, o BCE, que é muito mais sólida do que os estados em dificuldades individuais.

O fato de apenas alguns Estados europeus emitirem dívida pública que classificam as empresas e os poupadores como isentos de riscos também cria outro problema: situações de crise acionam fuga de capitais em busca de segurança, o que piora ainda mais a situação nos países. em crise. Também nesse aspecto, há uma tendência a gerar um círculo vicioso que agrava os efeitos do choque inicial. Espanha e Itália, por outro lado, devem se contentar com empréstimos com taxas de juros muito mais altas, perto de 4%. Isso só aumenta os problemas, pois os pagamentos de juros mais altos correspondem ao aumento da dívida total.

O posicionamento do Banco Central diante da crise e dos eurobonds como uma possível solução

Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, tem repetidamente sugerido que, caso se torne extremamente necessário, ele consideraria seriamente emissão de Eurobonds. A declaração mais emblemática, que serviu de tranquilizante para os mercados foi: “faremos todo o possível para salvar o euro”.

De fato, a emissão de dívida europeia assemelha-se, em todos os aspectos, às operações de criação de moeda que os Estados geralmente implementam para financiar sua própria economia. Por isso uma proposta de eurobonds pode ser uma ótima saída para a crise. Algumas questões devem ser analisadas. A primeira decorre do fato de que a regulamentação bancária Europeia não penaliza de forma alguma o investimento em títulos de risco da dívida pública pelos bancos, que tendem a concentrar investimentos em títulos públicos de seus próprios países, mesmo que sejam arriscados. Isso tende a criar a possibilidade de um círculo vicioso: se os títulos do governo do país X se depreciam, os bancos daquele país sofrem perdas nos títulos que possuem, o que reduz sua solvência e pode induzir o estado a intervir para recapitalizar-los.

Por sua vez, isso enfraqueceu ainda mais as contas públicas do país X e fará com que sua dívida pública se deprecie ainda mais. Como muitos sabem, a impressão de dinheiro atualmente não é possível, precisamente porque os membros da zona do euro renderam a soberania monetária no nível da comunidade. Mas se um fiador pode emitir todos os títulos que deseja para um juro mínimo e transformar os lucros em estados individuais, então isso equivale a receber dinheiro para as economias nacionais individuais, que podem, assim, financiar o crescimento. Mas é a Alemanha quem não parece está muito satisfeita com as propostas e idéias de eurobonds.

O risco, é o medo dos alemães, e isso os assusta tanto: a inflação. No entanto, deve ser considerado como uma eventualidade remota, uma vez que o aumento do dinheiro em circulação seria distribuído pelos quatro cantos da Europa e, portanto, muito pouco denso para se tornar uma alavanca inflacionária.

Uma possível solução para a crise e o possível papel dos eurobonds

A área do euro não tem uma dívida pública segura comparável à dos Estados Unidos, embora as duas economias tenham tamanho e mercados financeiros semelhantes em um estágio similar de desenvolvimento. Além disso, a questão das Eurobonds seria uma saída para resolver não apenas a crise financeira, mas também a econômica. A Comissão Europeia propôs a introdução de “obrigações governamentais sintéticas” na área do euro, produzidas com um processo de titularização. Eles não são Eurobonds. Mas eles podem ser importantes para a estabilidade financeira da zona do euro.

Para superar o impasse, é necessário criar um bônus europeu, que seja seguro e, portanto, possa ser mantido por bancos sem risco, mas também europeu e não emitido apenas por alguns estados europeus, e ao mesmo tempo capaz de não criar uma responsabilidade conjunta entre esses estados, por exemplo, expor os cidadãos alemães ao risco de ter que pagar dívidas contraídas pelo Estado Italiano. E esse risco definitivamente a Alemanha não quer correr e tão pouco fomentar.

Uma pergunta fica no ar: porque no momento a dívida pública segura é emitida apenas por alguns países europeus, especialmente a Alemanha, tentando estabilizar os bancos dos países mais vulneráveis, encorajando-os a manter a dívida pública. mais seguro significa encorajá-los a manter a dívida pública alemã em vez da dívida nacional, o que arrisca a baixar os preços e elevar as taxas de juros da dívida pública de seu país. Isso significou que países como Itália e Espanha até agora se opuseram às reformas da regulamentação prudencial dos bancos que penalizam seus investimentos em dívidas públicas de risco.

Existe a proposta de Markus Brunnermeier que visa criar uma carteira de dívida pública bem diversificada dos estados da área do euro e securitizar-la através da emissão de dois títulos em seu lugar, um mais seguro. O título mais seguro beneficiaria não apenas da proteção decorrente da diversificação do risco, mas também da garantia de um título subordinado que, em caso de insolvência do Estado, atuaria como aliviador, absorvendo as perdas primeiro. Os eurobonds completos com responsabilidade compartilha também são visto como uma saída mais imediata para os problemas da crise.

Como seriam os novos títulos Europeus

As obrigações Pan-Europeias deve ser as obrigações de segurança Europeias, o  European Security Bonds. E emitidas pelo Banco Europeu de Investimento, uma agência europeia. Quanto maior a confiabilidade do risco, o que, portanto, apresenta a âncora de segurança à qual se manter quando tudo parece colapsar. O mercado com os gerentes busca a segurança da rendição da Alemanha e da Itália, e se a cadeia romper, isso selaria o país e o próprio sistema bancário.

Os novos títulos Pan-Europeus seriam um instrumento líquido, de tamanho globalizado e com um grau comparável de segurança, títulos do tesouro dos Estados Unidos.

O projeto do nascimento de títulos já está na mesa do presidente do BCE, Mario Draghi. A atividade financeira segura, o chamado ativo seguro, todos representativos do sistema financeiro, um elemento de importância decisiva para a sua função, não só pela capacidade de ser liquidado em todos os momentos, ou por ser o instrumento mais seguro de transferência de tempo ao longo do tempo, tendo uma renda inversamente relacionada à aversão ao risco presente no sistema. Na prática, esses títulos são garantidos por títulos do governo que dizem respeito a uma marca européia. Fortalecer a moeda única e completar a união bancária devem ser os objetivos a serem buscados.

A Alemanha e sua opinião contra as obrigações compartilhadas (eurobonds)

A Alemanha tem o direito de recusar Eurobonds, mas não de evitar que os países altamente endividados escapem do seu infortúnio juntando-se e emitindo Eurobonds. Se a Alemanha se opuser, deve considerar deixar o euro, seguindo a opinião d e muitos especialistas e investidores. Surpreendentemente, as Eurobonds emitidas por uma zona do euro sem a Alemanha ainda se manteriam bem contra os títulos americanos, britânicos e japoneses. As razões opostas residem essencialmente no fato de que os países mais virtuosos deveriam assumir um ônus adicional, em termos do custo da dívida, em favor dos países menos virtuosos.

Os eurobonds devem ser visto como uma obrigação coletiva para manter a estabilidade do euro como uma moeda unitária, e para proteger a economia da União Européia, ou seja, não deve ser analisado como um recursos que pode atrapalhar, ou deixar um país em específico em desvantagem, mas sim, como a solução mais viável até o presente momento, para salvar ou pelo menos, minimizar a crise atual financeira, em que a União Européia está inserida.

É compreensível que a Alemanha, tenha medo de correr riscos de ter que arcar com dívidas de outros países membros do grupo, porém essa questão deve ser tratada e observada de um ponto de vista mais coletivo, visando a segurança do grupo e não somente de um único Estado.

Afinal de contas, a União Européia é um grupo forte e respeitável no mercado, justamente, porque é a união, isto é o trabalho em conjunto dos países, membros do grupo, que fomentam sua estabilidade e credibilidade no mercado internacional. Ou fator a ser considerado, os países juntos se tornam muito mais fortes, e a Alemanha também possui muito mais poder de influência e de mercado quando aliadas a seus colegas de continente.  E perder esse suporte, que permeia vários setores e camadas da estrutura financeira e de mercado do país, pode gerar consequências negativas para o desempenho e a estabilidade do país.

A crise do euro transformou a União Europeia em algo radicalmente diferente. As causas da crise não podem ser totalmente compreendidas sem o reconhecimento da falha fatal do euro, que ao criar um banco central independente, os países membros estão endividados em uma moeda que eles não controlam. Tanto as autoridades quanto os investidores trataram todos os títulos do governo como se fossem livres de risco, criando um incentivo perverso para os bancos acumularem títulos fracos.

O que deveria ser uma associação voluntária de pares tornou-se uma prisão para os devedores, com a Alemanha e outros credores encarregados de buscar políticas que prolongam a crise e perpetuam a subordinação dos países devedores. A crise agora corre o risco de destruir a UE, uma tragédia de proporções históricas. Isso só pode ser evitado com a liderança da Alemanha. A forte oposição à questão dos eurobonds vem da Alemanha, e provavelmente essa seja a maior oposição às obrigações coletivas.

As vantagens que os eurobonds podem proporcionar

Os eurobonds poderiam ser vendidas com um rendimento muito baixo, próximo do benchmark do Bund alemão. Eles resolvem, portanto, os problemas de financiamento e o custo em termos de retorno e lucros dos países periféricos. Seus resultados não costumam demorar muito para aparecerem. Além disso ele iria beneficiar os países mais enfraquecidos com a crise que tem atravessado o continente a alguns anos, e se intensificou nos últimos anos. Possíveis benefícios podem ser deduzidos e previstos em termos de estabilidade, resistência financeira e eficácia de mercado.

Sobre os eurobonds, o Parlamento Europeu se pronunciou da seguinte forma, através de seu endereço eletrônico:

“Muitos países da zona do euro têm um aumento dramático na taxa de juros dos empréstimos bancários. O Parlamento examinará a Comissão sobre o estado de preparação do Livro Verde sobre as euro-obrigações. De acordo com a forma como o conteúdo da resolução, será uma fonte de estabilidade para a zona do euro a médio prazo, como eu questionei em breve.”

“Um título nada mais é do que um contrato de dívida segundo o qual um investidor concorda em emprestar uma soma a uma empresa ou governo aceitando um gosto de interesse. Se o investidor retiver o investimento de risco, o investimento será feito pelo investidor ou liquidatário e a liquidez será paga pelo liquidatário. Atualmente, os países altamente endividados da zona do euro, como a Grécia, enfrentam taxas de juros extremamente altas. Quanto mais fraca a economia, mais aumenta o custo da dívida de papagaio, entrando num círculo vicioso que é muito difícil de quebrar.”

“A união é força. Produzir Eurobonds significa emitir bônus comuns sobre dívidas soberanas europeias. Assim, fazer uma obrigação não dependerá da economia de um país, mas de toda a zona do euro. As garantias são maiores em relação aos investimentos e aos juros mais endividados. Dentre os principais objetivos estão: o menor preço médio dos créditos, maior coesão económica e monetária, reforço da estabilidade e resistência na Zona do Euro.”

Das principais características dos eurobonds

  • Os eurobonds são títulos de longo prazo emitidos em mercados de capitais internacionais em uma moeda diferente do país de origem do emissor.
  • Esses títulos são oferecidos em vários mercados, mas são denominados em uma única moeda.
  • Eles possuem uma duração entre 1 e 5 anos. seu cupom a pagar é por trimestre, semestre ou anual. Para que servem os eurobonds? Eles são referência interbancária de parâmetros ancorados.
  • Muitos consideram que eles possam “salvar” a União Européia de sua crescente dívida.
  • Ele são um título emitido conjuntamente pelos 17 países do euro.
  • Eles são títulos não garantidos, dada a credibilidade do emissor
  • Sua quantidade: 10% e 90% das emissões.
  • A grande maioria dos Eurobonds consiste em valores mobiliários ao portador (títulos subordinados).
  • A alemanha não concorda com os eurobonds, por medo de ter que arcar com as dívidas de países como a Itália, já que no momento o país Alemão é uma das nações com a melhor situação econômica do grupo Europeu.
  • Sobre as negociação de circuitos, ele estão na maioria dos mercados de balcão.
  • Eles são um investimento atraente em tempos de instabilidade nas taxas de juros quando os administradores tendem a liquidar títulos de longo prazo com cupons fixos em favor de mais “ferramentas ágeis” cujo desempenho está vinculado a mudanças de mercado.
  • Existe a possibilidade de assinar uma opção de venda, com a qual o investidor pode obter o título para o emissor recomprar o mesmo pelo valor de face; e algumas emissões têm uma opção de compra, que é o direito da instituição emissora de recomprar.
  • As euro-obrigações diferem das obrigações estrangeiras (obrigações estrangeiras), uma vez que estas são emitidas por empresas num único mercado não doméstico, sob a regulação e controlo de países estrangeiros em que são emitidas.
  • As notas de taxa flutuante são títulos de dívida para cupons de variável Euro.
  • É uma dívida pública europeia, composta pelos 17 países que participam na moeda única. As obrigações devem ser emitidas por uma agência europeia dedicada à dívida e criariam um novo e enorme mercado de obrigações.
  • Os prazos normalmente são de médio e longo prazo e o risco de insolvência, (suave para emissões variáveis é muitas vezes alto).

Os eurobonds e a União fiscal europeia

Muitos especialistas ainda veem os eurobonds como uma oportunidade de união fiscal entre os dezessete países que compõem a União Europeia. A implementação dos eurobonds como instrumento para avançar para uma união fiscal é um dos elementos de que a política económica e financeira europeia do futuro imediato não pode ser privada; esta introdução, no entanto, terá que ser acompanhada e apoiada pelo reforço do processo de unificação no domínio da supervisão bancária, já iniciado pelo BCE, com o objectivo de criar ao final um mercado econômico e financeiro único e robusto, capaz de competir com as grandes realidades dos demais continentes e produzir recursos para investir na melhoria do bem-estar da comunidade de forma permanente e sustentável.

É importante relembrar que a Europa já passou por diversas crises ao longo de sua história, e sempre levantou-se mais rápido e conseguiu se reconstruir quando estava trabalhando em cooperação com seus países vizinhos. Ou seja, A União Europeia, como um grupo que prioriza o coletivo, o fortalecimento e a segurança de sua moeda unitária, garante de uma certa forma, mesmo que limita, a segurança comercial da região. Afinal de contas, não é nenhum pouco complicado deduzir, que na maioria das situações, vários países juntos, são muito mais fortes do que um único (claro,a depender do tamanho da economia desse país solitário).

Não é atoa que a Alemanha, considerada a economia mais forte ou uma das mais fortes do grupo (com menor índice de dívida) não concorda e sempre opina contra a introdução dos eurobonds como uma saída para a crise econômica que atinge o grupo e sua região. Outra área de discussão de importância fundamental é, sem sombra de dúvidas, a política e institucional.

A instituição europeia e as obrigações

Há algum tempo, na Europa, tem havido uma espécie de emergência democrática, pois se nos mesmos organismos da União Europeia começam a perceber os limites da arquitetura institucional em que assenta a União, a opinião pública está a propagar um forte sentimento de desprendimento em relação às instituições europeias, vistas como promotoras de políticas demasiado severas e pouco legitimadas pela cidadania. A questão em relação o que são eurobonds hoje, requer muito cautela.

Segundo Antonio Padoa Schiopp em uma citação em 2012 : “O chamado método intergovernamental, que dominou a cena nos últimos dois anos, foi declarado insuficiente e, acima de tudo, faltava tanto perfil de legitimidade democrática, que atribuíram expressamente ao Parlamento Europeu (…). A Comissão Europeia, de acordo com Angela Merkel (…) deveria um dia ser o verdadeiro governo da União, enquanto o Conselho será no futuro uma Câmara dos Estados com uma maioria de decisão, portanto sem o poder de veto dos governos individuais. Para estes desenvolvimentos, o chanceler fala de longos tempos. E aqui acreditamos que o objetivo é errado: porque a necessidade de uma democracia verdadeira e de um governo efetivo, a União adverte seu próprio hic et nunc, não num futuro indeterminado”.

Existe uma urgência de avançar para uma maior integração política, que passa pelo reforço do poder de representação dos cidadãos europeus nos processos de tomada de decisão e que, por conseguinte, confere uma maior legitimidade democrática aos fundamentos da União Europeia e da área do euro. As principais fontes de financiamento de longo prazo podem ser as administrações públicas, empresas e famílias. As administrações públicas usam a alavanca fiscal e a dívida pública para obter recursos destinados a investimentos de longo prazo. Considerando a necessidade de abordar as chamadas falhas de mercado e a possibilidade de criar externalidades positivas, a enorme importância dos investimentos públicos para a economia de um país é imediatamente clara.

Há aqueles que invocam, por outro lado, cogitar a saída do euro, como pode ser o caso da Alemanha. Porém,este pode não ser o caminho mais viável, já que o mais plausível será tentar encontrar soluções a partir da permanência na Europa e na Zona do Euro.