Equilíbrio do subemprego: entenda essa idéia keynesiana

O equilíbrio do subemprego faz parte da grande obra de Keynes, a “Teoria geral do emprego, do juros e da moeda” que não só revolucionou o entendimento sobre o campo de estudos que focam nesses assuntos, como até os dias de hoje servem de base para que economistas e profissionais do setor financeiro possam compreender os mecanismos que cercam a economia como um todo. Após a crise de 1929, Keynes elaborou a teoria do gasto público segundo a qual o PIB cresce mais através de gastos públicos do que com qualquer outro incentivo (por exemplo, uma queda nos impostos) e esse crescimento é maior quanto mais orçamento público está em equilíbrio. A seguir veremos o que é equilíbrio de subemprego.

O equilíbrio de subemprego por Keynes

A teoria geral do emprego, do juros da moeda é uma espécie de “fórmula” elaborada por Keynes com o objetivo de tentar explicar os problemas que mais assola as economias: o desemprego e a inflação. Portanto a teoria geral de Keynes foi o começo de uma nova abordagem teórica para a análise dos fenômenos econômicos e da política econômica. A fórmula em questão é a da procura global que segundo Keynes é igual a procura de bens de consumo por parte das famílias; somado a procura de bens de investimento das empresas, as despesas públicas, as importações, e diminuindo esta soma pelo valor das importações (que trata-se da procura de outros países face aos bens de consumo que são produzidos em nosso país). Equilíbrio do subemprego: entenda essa idéia keynesiana Segundo a idéia Keynesiana, é possível resolver tanto o problema do desemprego, como a questão da inflação através desta fórmula. E o emprego desemprego e subemprego possuem uma ligação direta com a mesma. De acordo com Keynes o desemprego nada mais é do que uma dificuldade ou insuficiência da procura global mencionada no cálculo. Ainda nesta teoria, o mesmo hipotetiza a presença de um equilíbrio de subemprego no qual a renda é inteiramente gasta e investida. Em uma forma sucinta podemos dizer que Keyne afirma que a melhor forma de resolver o problema da procura global é através do estímulo ao consumo, para que possa existir mais necessidade de contratação de mão de obra, bem como compra de matéria prima, equipamentos e etc.

O que Keynes defende segundo seu cálculo

De acordo com Keynes uma das formas de estimular o consumo de bens e serviços é através da diminuição dos impostos, para que mais famílias tenham acesso a mais produtos, que consequentemente virão para as prateleiras com um preço menor. A política keynesiana, portanto, exigia intervenção pública na demanda para sair do impasse do desemprego e subemprego. Outro medida defendida é a queda nas taxas de juros, que segundo Keynes estimula a entrada de investimentos no país. As despesas também garantiam “efeitos multiplicativos” através do famoso mecanismo multiplicador keynesiano de gastos públicos, segundo o qual cada intervenção gerava benefícios mais do que proporcionais aos gastos.

No entanto, sabemos que a realidade mudou bastante desde a criação desta teoria, embora a mesma seja de extrema utilidade. O emprego desemprego e subemprego no Brasil, por exemplo, não vem somente de fatores citados pelo conceito, embora todos estes aspectos tenham uma enorme influência. Questões como a desigualdade social, onde muito poucos possuem muita fortuna e várias não tem quase nada atormentam o país. O que precisa ser destacado é que Keynes defende que em períodos de recessão, os governos devem intervir na economia, fazendo investimentos públicos (estradas, infra-estruturas, etc.), reduzindo os juros, a fim de revitalizar o ciclo econômico.

As linhas de capitais com juros mais baixos deixou algumas economias no mundo em “más lençóis”, já que em alguns casos a população se endividou de tal forma, que posteriormente não conseguiu quitar suas dívidas deixando as entidades bancárias em uma situação complicada. O subemprego nos EUA, por exemplo, país com o maior mercado consumista do mundo ainda existe e é significativo. Ainda, segundo a idéia Keynesiana, em períodos de alta atividade econômica, os governos podem reduzir seus investimentos diretos porque a economia é capaz de produzir riqueza e trabalho suficientes.