Sempre que lemos notícias ou artigos sobre crises econômicas, políticas financeiras e comerciais, é comum nos depararmos com a palavra “inflação”. Mas será que a maioria das pessoas realmente sabem o que é inflação e como ela pode afetar diretamente o estilo de vida de uma população? Pensando sobre este assunto, elaboramos uma série de definições, exemplos práticos reais, e explicações simples que abordam vários detalhes importantes em relação a definição de inflação, como esse fenômeno ocorre, o que ele envolve, suas características e muitas outras informações úteis.
O que é inflação
Inflação é o aumento generalizado dos preços. É quando quase tudo que é produzido no país sofre um aumento significativo no valor. A inflação possui uma ligação direta com o crescimento da economia do país. Quando a população do país está com emprego, poder de compra sadio, elas terão também mais necessidade de produzir na indústria, e gerar riquezas, e isso aumenta o nosso padrão de vida. Um país só não pode consumir demais, por irá faltar produto no mercado e os preços irão aumentar. Por essa razão é necessário que o governo realize um controle sadio da inflação, para que todos tenham acesso ao mercado de uma maneira saudável, podendo consumir de forma equilibrada e sem desestabilizar a economia como um todo.
Uma forma simples de explicar o que é inflação é dizer que ela é como o sal que temperamos a comida, não pode haver demais, nem de menos, é necessário um equilíbrio, já que a economia ela vive de períodos de retração e expansão, então é dever do estado manter a economia em controle, para que a mesma não cresceu de uma forma muito veloz, já que na mesma medida que ela crescer rápido demais, logo em seguida haverá também uma queda rápida. Como diz o ditado popular, quanto maior a altura, maior será a queda.
Exemplo de como a Inflação afeta diretamente a realidade das pessoas
Exemplo 1
Quando o arroz apresenta uma elevação de preço, se comparado ao seu valor normal, esse aumento no preço pode ser considerado inflação? A resposta é não! Na Inflação o aumento dos preços deve ser generalizado, e não ocorrer somente com um produto. Então um exemplo exato de inflação é quando, praticamente todos os produtos,sejam eles alimentos, roupas, sapatos e outros setores, sofrem um grande aumento em seus valores, gerando assim uma diminuição do poder de compra da população, e é a partir desse contexto que o estilo de vida da população pode sofrer alterações. Já que quando uma família, por exemplo, perde seu poder aquisitivo, ou seu poder de compra, é necessário que a mesma diminua seu padrão de vida em vários aspectos, para que consiga se manter e prezar por sua sobrevivência.
Exemplo 2
Vamos imaginar que você guardou 200 reais em um cofre, e um ano depois, você decide quebrar esse cofre e resgatar a quantia economizada. Mas desse ano houve uma inflação de cerca de 50%, isso significa então, que no ano atual, os produtos e serviços estão custando 50% mais caro, o que também quer dizer que os 200 reais que você guardou, agora valem 50% menos do que valiam no ano anterior, ou seja, seu poder de compra com esses 200 reais é de 50% menos, se comparado ao ano que antecedeu o atual.
Exemplo 3
Vamos considerar que o seu salário recebeu um reajuste de 10%, o que seria ótimo, porém, a inflação também apresentou uma elevação de 10% no mesmo ano. isso significa que mesmo você ganhando um salário reajustado com 10% a mais do valor total do seu salário, o seu poder de comprar continuará o mesmo, já que a inflação também aumentou 10%, o que quer dizer, que todos os produtos e serviços oferecidos no mercado estão custando 10% a mais.
Em uma explicação sobre inflação, podemos dizer que o fenômeno faz com que o seu dinheiro tenha menos valor, passando ser necessário possui uma quantidade maior de capital para comprar as mesmas coisas que você costumava comprar antes, porém com um preço menor. Um exemplo muito claro é quando observamos os valor do pão, pense em quanto o pão custava por exemplo, a dez anos atrás e quanto ele custa hoje em dia, com certeza você já deve ter identificado um aumento significativo em seu valor.
Conhecendo as as formas mais simples de entender a inflação
Separamos a inflação em dois tipos, para que fique mais fácil para você compreender esse fenômeno, a inflação causada pelo dinheiro, a inflação causada pelo consumo e por último, a inflação causada por alguma política monetária.
Inflação causada pelo dinheiro
A maioria das pessoas já entendem que quando o dinheiro circula muito rapidamente no mercado, isso incentiva a produção de riquezas, fato que melhora a qualidade de vida dos cidadãos. Então, se caso o governo observasse essa realidade, em decidisse produzir e colocar mais dinheiro em circulação, no intuito de dar mais dinheiro as pessoas e motivá-las a consumir, o que aconteceria? Na prática não daria certo, já que, conforme as pessoas fossem compreendendo que os outros indivíduos possuem mais dinheiro em mãos, elas iriam começar a cobrar mais por seus produtos e serviços.
Para comprovar esse contexto, podemos analisar os preços nos bairros mais luxuosos e nos bairros mais populares, os bairros luxuosos possuem preços muito mais caros de aluguéis e outros serviços e produtos, já que as pessoas que moram nessas localidades costumam possuir um poder aquisitivo muito mais elevado, se comparado a outros bairros. Infelizmente esta é uma realidade. E aumentando o valor dos produtos, os valores pelos salários dos profissionais que prestam serviços, também tendem a aumentar, já que esses profissionais não conseguiram viver e pagar todo mais caro, possuindo um salário antigo, do tempo em que as coisas ainda eram mais em conta.
Por essa razão, muitos especialistas, costumam mencionar a definição de inflação, como um aumento generalizado nos preços. Tenha em mente que o dinheiro também é uma espécie de mercadoria, e quanto maior for a sua quantidade em circulação, menor será o seu valor. Um exemplo simples para compreender este tema é o ouro, o ouro é valioso, justamente em razão de ser raro, de não existir uma quantidade saturada de ouro no mundo.
Inflação causada pelo consumo
Caso as pessoas comecem a consumir em excesso muito rapidamente, irá faltar mercadoria no mercado. Esse é um dos aspectos da inflação. Um exemplo é uma fábrica de carros, se as pessoas começarem a comprar muitos carros de uma vez só, a fábrica corre o risco de ficar sem estoque, sem mão de obra e insumo, fazendo com que haja uma escassez de carros no mercado comercial. E novamente nós podemos utilizar o exemplo do ouro, que é caro, justamente por não possui muito ouro no mercado. E o mesmo irá acontecer com os carros, se faltar carro no mercado, o seu valor irá aumentar.
E esse contexto pode ocorrer com todos os outros produtos e serviços, caso as pessoas consumam muito rápido, os produtos irão começar a faltar e as pessoas que comercializam esses bens de serviços e consumos serão obrigados a aumentar o seu preço. Então em um resumo, podemos dizer que se as pessoas compram mais, mas em uma velocidade equilibrada, o dinheiro gira e a economia cresce de forma sadia. Porém, quando as pessoas compram mais, de uma forma rápida e excessiva, os preços dos produtos e serviços aumentam de uma maneira exorbitante e é gerada então uma inflação.
Política monetária
A classificação da inflação também é pode ser causada por um excesso de oferta monetária na economia. Assim como qualquer outra mercadoria, os preços das coisas são determinados pela demanda e pela oferta. Se houver oferta demais, o preço desse produto cai. Se o produto é o dinheiro e muita oferta monetária baixa o valor, o resultado é que os preços de todos os bens e serviços aumentam. Esta teoria é frequentemente promovida pela escola econômica “monetarista”. Alguns países colocam em vigor políticas monetárias que acabam incentivando e produzindo uma inflação. Então é possível afirmar que as políticas governamentais monetárias possuem efeito direto na inflação e na deflação da economia de um país.
Conhecendo mais sobre o conceito de inflação
Agora que nós já abordamos o que é inflação, e mostramos alguns exemplos de inflação e seu impacto na vida das pessoas, vamos dar um mergulho mais fundo em seu conceito principal. A alta nos preços dos produtos e serviços não é a inflação de fato, é apenas uma das consequências geradas pela inflação., e essa é uma teoria econômica bem popular em todo o mundo. A inflação na verdade é o aumento da quantidade de dinheiro na economia de um país. Quanto maior for a produto por produto, mais caro custará este produto, quando mais desse produto houver no mercado, mas barato esse produto custará.
A hiperinflação é o aumento generalizado e contínuo no nível dos preços dentro do mercado, e isto não está relacionado ao aumento de somente um produto, como acontece nos períodos de safra e entressafra por exemplo. A inflação é atinge a uma economia inteira e não somente um bem de consumo, como mencionamos anteriormente. Então podemos afirmar mais uma vez, que a mudança nos preços dos produtos, como os vegetais e as frutas, que estão ligadas a sazonalidade, ou seja, em algumas estações esses produtos se tornam mais caros, não possui nenhuma ligação com a inflação, já que para isso é necessário ocorrer um aumento geral em relação a tudo o que é vendido dentro do mercado comercial de uma nação.
Um aspecto próprio da inflação, é que a mesma gera a perda do poder de compra das pessoas. Esse processo pode ser gerado pela demanda ou pelo custo, como explicamos logo acima.
A taxa de inflação varia ao longo do tempo, de país para país e, dentro do mesmo estado, de produto para produto. O que determina esse aumento de preço? Existem três razões principais para a inflação. Primeiro, os preços podem aumentar como resultado do aumento dos custos de produção. Quando, por exemplo, ocorre um aumento nos salários dos trabalhadores ou um aumento nos custos das matérias-primas utilizadas na produção, as empresas que pretendem manter o mesmo ganho aumentam seus preços de venda.
Em segundo lugar, a inflação também é determinada por aumentos na demanda do consumidor que as empresas estão dispostas a satisfazer apenas em troca de um aumento de preço. Finalmente, os preços sobem quando o banco central coloca muito dinheiro no mercado
As principais consequências geradas pela inflação
Abaixo descrevemos as principais consequências geradas pela inflação, e de que modo as mesmas afetam o dia a dia das pessoas e a economia do país.
- Perda do poder de compra da população: Conforme os preços aumentam, os salários das pessoas não aumentam em conjunto, fazendo com que seus vencimentos passem a valer menos do que valiam antes do fenômeno da inflação começar a ocorrer em seu país.
- produto nacional se torna mais caro se comparado aos preços dos produtos estrangeiros: Se torna muito mais difícil para os comerciantes regionais competir com os produtos que vêm de outros países, em razão dos altos valores gerados pela inflação. E é nesses períodos que muitas pessoas recorrem a produtos importados, ao invés de adquirir produtos nacionais, em razão dos altos valores disponíveis no mercado nacional. E essa consequência em específico, prejudica ainda mais o equilíbrio da economia nacional.
- Passa a existir um desestímulo a poupanças e outros tipos de investimento a longo prazo: Iremos analisar agora um efeito na inflação na economia e na vida das pessoas. Vamos supor que um indivíduo possui um salário maior do que ele costuma gastar mensalmente, esse esse cidadão, decide investir em poupanças. Mas se o país possui uma inflação alta, o investimento na poupança não será benéfico, ao contrário, não renderá o que era esperado. Pois conforme o valor dos bens de consumo sobem, menos valor terá o dinheiro que foi guardado ao decorrer do período de um ano.
A inflação afeta pessoas de diferentes classes sociais, e de diferentes maneiras, e alguns de seus benefícios vêm à custa de alguém que vai perder capital. Ela também está relacionada e pode depender das mudanças na taxa de inflação, a saber se as mesmas são esperadas ou não. Se a taxa de inflação coincide com o que a maioria das pessoas está esperando, então é possível haver uma compensação e o seu impacto pode ser minimizado. Por exemplo, os bancos podem alterar as taxas de juros e os trabalhadores podem negociar contratos que incluem aumentos salariais automáticos com o aumento dos preços.
Abaixo fizemos uma relação das pessoas que poderão perder e as que poderão ganhar neste contexto econômico:
Os credores perdem dinheiro, enquanto que os devedores podem ganhar com a inflação.vamos para um exemplo de inflação: suponhamos que um banco nos conceda um empréstimo em forma de hipoteca de 30 anos para comprar uma casa com uma taxa fixa de 5% ao ano, para uma parcela de R$ 1.500 por mês. Como o aumento da inflação, o “custo” desses R$ 1.500 por mês diminui, o que é a favor do proprietário, especialmente se a taxa de inflação exceder a taxa de juros do empréstimo.
A inflação mina os poupadores, porque cada real economizado valerá menos no futuro. A menos que o dinheiro seja mantido em uma conta que pague uma taxa de juros igual ou superior à taxa de inflação, o poder de compra da poupança diminui consideravelmente. Por essa razão muito economistas não aconselham a abertura de poupanças em certos países onde existem taxas de inflação muito elevadas, já que o dinheiro perderá o valor, ao final de um certo período. Além do mais, existem outros tipos de investimentos que atualmente oferecem chances de rendimentos anuais ou mensais bem mais garantidos.
Trabalhadores com salários ou contratos que não seguem a tendência da inflação serão prejudicados, o poder de compra de sua renda permanece o mesmo contra um aumento nos preços.
A incerteza sobre o que vai acontecer torna as empresas e os consumidores menos propensos a gastar, prejudicando a produção econômica a longo prazo e gerando assim ainda mais desequilíbrio na economia local. Toda a economia deve absorver os custos da precificação: listas de preços, etiquetas, menus outros fatores devem sofrer uma atualização. Se a taxa de inflação nacional é maior do que em outros países, os produtos domésticos se tornam menos competitivos, como mencionamos anteriormente.
Possíveis benefícios ou vantagens gerados pela inflação
Seguindo acredita o renomado economista do Reino Unido, John Maynard Keynes, é preciso que exista um certo nível mínimo de inflação para evitar o chamado o “Paradoxo da Economia”. Se os preços que chegam consumidor podem sofrer quedas constantes, isso significa que o país em questão está se tornando muito produtivo, e com isso os consumidores aprendem a administrar suas compras e aguardar por preços mais favoráveis. O efeito líquido desse paradoxo é reduzir a demanda nesse contexto, gerando uma menor produção, demissões e uma economia vacilante.
A inflação também promover uma situação melhor para as pessoas que estão devendo aos banco, por exemplo, e que pagam seus empréstimos com um capital que possui menos valor do que o dinheiro que pegou emprestado. Isso encoraja empréstimos e empréstimos, o que novamente aumenta os gastos em todos os níveis. Como os Estados Unidos é atualmente o maior devedor de todo o mundo, talvez essa seja a razão de seu maior banco defender os “benefícios” gerados pela inflação, pois a mesma reduz o forte efeito de suas dívidas ativas.
Uma diferença entre a inflação e a deflação
A inflação indica o fenômeno em que, com o tempo, os preços de compra de produtos e serviços tendem a aumentar. No entanto, em alguns períodos, pode haver uma redução nos preços, chamada deflação. Atenção especial é dada pelos economistas aos fenômenos de inflação e deflação para entender as causas da inflação e desenvolver intervenções que lhes permitam ser controladas e avaliar seus efeitos na economia.
Observando a inflação pelo ponto de vista dos investidores
A inflação é uma fonte de preocupação para os investidores, já que as mudanças na inflação e nas taxas de juros afetam diferentes tipos de ativos de investimento de diferentes maneiras.
O impacto da inflação na carteira de uma pessoa depende do tipo de títulos detidos. Se você investir apenas em ações, poderá dormir em paz, pois historicamente o mercado de ações tem uma cobertura de inflação razoavelmente segura. A longo prazo, as receitas e os lucros de uma empresa devem aumentar na mesma taxa que a inflação, de modo que os preços das ações devem subir junto com os preços gerais dos bens de consumo e de produção.
A exceção a este cenário é a estagflação: a combinação de uma economia estável com um aumento nos custos é negativa para as ações. Nem todas as empresas aceitam um aumento da inflação da mesma forma. Um exemplo, uma empresa com muita liquidez experimentará uma queda de valor com o aumento da inflação. O problema mais geral no mercado de ações com a inflação é que os retornos de uma empresa tendem a ser supervalorizados. Em tempos de inflação alta, uma empresa pode parecer próspera, quando na verdade a inflação é a razão por trás do crescimento aparente.
Como medir a inflação
O conceito de inflação indica o aumento de preço ao longo do tempo. Para medir esse aumento, usamos a taxa de inflação obtida com base em uma fórmula matemática que nos permite comparar os preços do mesmo bem em dois anos diferentes. Vamos considerar, por exemplo, que queremos calcular a taxa de inflação de um par de calças que em 2018 custava 100 reais e em 2019 está custando 110 reais. Então vamos introduzir o preço das calças em 2018 (igual a P2018) e das mesmas calças em 2019 (igual a P2019) para realizar a fórmula do cálculo.
A fórmula
Você obtém uma taxa de inflação de 10%. Este valor indica o aumento que ocorreu no preço das calças (10 reais) em relação ao valor do ano anterior (100 reais). O cálculo da taxa de inflação para um único bem é muito simples. Para avaliar a tendência de preço de um mercado que produz diversos bens e serviços é necessário construir um índice de preços, que é um número, obtido com base em fórmulas matemáticas mais complexas, que leva em consideração os preços de todos os bens e serviços em relação sua contribuição para a produção total de um país. A taxa de inflação neste caso indica o aumento no índice de preços ao longo do tempo e dá conta da tendência de preço médio de um país.
Uma economia que cresce muito rápido pode experimentar hiperinflação, causando os problemas de que falamos anteriormente. No outro extremo, uma economia sem saber o que é a inflação basicamente estagna e pode experimentar uma espiral deflacionária. O nível certo de crescimento econômico e, portanto, a inflação mais ou menos no meio. É tarefa do banco central manter esse delicado equilíbrio. Um aumento nas taxas limita o aumento da inflação no futuro. Um corte de taxa destina-se a estimular o crescimento econômico.
As alterações que ocorrem na inflação
Existem várias variações e mudanças que podem ocorrer e que possuem ligação direta com a inflação. A deflação ocorre quando o nível geral de preços está caindo, com um efeito oposto ao da inflação. A deflação tende a ocorrer mais raramente e por períodos mais curtos do que a inflação. Isso geralmente ocorre durante períodos de recessão ou crise econômica e pode levar a crises econômicas muito profundas, incluindo depressão.
As causas pertencem aos efeitos do chamado espiral deflacionária: quando os preços caem, porque gastar seu dinheiro hoje, quando cada real no bolso será mais valioso amanhã? E por que gastar amanhã, quando cada real pode valer mais no dia seguinte? O resultado é que as pessoas param de gastar e passam a acumular seu dinheiro em antecipação a novos declínios de preço. Entre cria-se um colapso dos lucros das empresas e as mesmas são obrigadas a começar a demitir seus funcionários. O aumento do desemprego diminui ainda mais os gastos acontecem e essa movimentação se torna contínua.
A inflação e o equilíbrio da economia nacional
A estagflação é uma combinação rara de alta taxa de desemprego e estagnação econômica, com altas taxas de inflação. Foi o que aconteceu nos países industrializados durante a década de 1970, quando o forte aumento da economia foi confrontado com o aumento dos preços do petróleo, resultando em um choque na demanda por petróleo bruto. O evento elevou o preço do petróleo e de todos os produtos e serviços que usam petróleo como insumo, mesmo que a economia estivesse desacelerando.
As pessoas costumam reclamar quando os preços sobem, mas muitas vezes ignoram o fato de que os salários também devem aumentar de acordo. A questão não é se a inflação está aumentando, mas se está subindo a um ritmo mais rápido do que o salário de alguém. Uma inflação modesta é um sinal de que a economia está crescendo.
Em algumas situações, a inflação baixa pode prejudicar a inflação alta. A falta de definição da inflação pode ser uma indicação de que a economia está enfraquecendo. Não é fácil definir se a inflação é boa ou ruim, pois isso vai depender de uma série de fatores, como a política monetária do país e principalmente o estado de sua economia.
Os índice de Preços do Consumidor e de Preço do Produtor
O primeiro se trata de uma medida de mudanças nos preços de bens de consumo e serviços, como gasolina, alimentos, vestimentas e carros. O índice de preços do consumidor mede a mudança de preço do ponto de vista do comprador. Cada país possui seu próprio índice do consumidor.
Já o índice de preço do produtor calcula a variação média ao longo do tempo nos preços de venda em relação aos produtores nacionais de bens e serviços. Ele mede a mudança de preço do ponto de vista do vendedor.
Também temos o deflator do PIB como outra ferramenta útil para medir a inflação. Como o nome sugere, o deflator é um recurso de medição de preços usada para converter o PIB nominal em PIB real. O deflator do PIB é uma medida mais ampla do IPC e inclui os bens e serviços adquiridos por empresas e governos.
Os países que possuem as maiores e as menores taxas de inflação
Esses são os países que atualmente possuem as maiores taxas de inflação do mundo. Note que alguns deles enfrentam crises e guerras civis anos, ou estão sobre domínio de regime ditatorial: Síria, Venezuela, Malawi, Sudão, Argentina, Bielorrússia, Eritréia, Guiné, Iêmen, Serra Leoa, Gana, Butão, Uzbequistão e Índia.
Agora vamos mencionar os países que possuem as melhores taxas de inflação do mundo. Podemos afirmar que alguns deles (porém vale destacar que não são todos) possuem uma taxa equilibrada em razão da saúde de suas economias e da eficácia das políticas monetárias vigentes em território nacional, e outros fatores que englobam o setor comercial e o setor financeiro: Suíça, Ilhas Salomão, Japão, República do Congo, Equador, Qatar, Kiribati, Burquina Faso, Irlanda e Israel.
Uma síntese sobre a inflação
O conceito de inflação por ser descrito como: um fenômeno econômico que, em geral, é entendido como um processo de aumento no nível geral de preços e, portanto, determina uma diminuição no valor da moeda, ou seje , uma perda do poder de compra dos produtos e serviços disponíveis no mercado. A inflação é então, sinônimo de desvalorização monetária.
Cada país possui sua própria instituição governamental, responsável por medir as taxas de inflação, que verifica periodicamente o preço de um grande número de bens e, com base nesses cálculos, calcula o preço de uma cesta, isto é, a despesa de uma família italiana média. O índice de preços ao consumidor, a taxa de inflação e o índice de preços por atacado são os parâmetros de medição mais importantes utilizados.
Graças a esses índices é possível esvaziar, isto é, transformar os valores nominais em valores reais (em poder de compra).
Em relação à intensidade do fenômeno inflacionário, podem-se distinguir dois tipos de inflação:
- Inflação insidiosa: caracteriza-se pelo aumento lento e constante dos preços
- Inflação fugitiva: caracteriza-se por aumentos de preços muito elevados, onde as taxas também irão variar de país para país. Este último tipo de inflação é determinado por eventos excepcionais, como os distúrbios econômicos causados pelas guerras, como demonstrado pelas experiências dos dois últimos conflitos mundiais; mas mesmo em tempos de paz, uma inflação do tipo pode ser desencadeada, por exemplo, devido à pressão da demanda global em excesso da capacidade produtiva do sistema econômico.
A inflação pode ser distinguida em inflação gerada pelo consumo excessivo é: a Inflação gerada pelo preço: a segunda é determinado por um aumento nos custos de produção. Por exemplo, um aumento nos salários ou no preço das matérias-primas que serão baixados pelo produtor com um aumento no preço de venda, outro caso é devido ao aumento em outros custos de produção, como os preços do petróleo e outros materiais. matérias-primas importadas. Inflação de demanda: ocorre quando a demanda por bens e serviços excede os recursos do sistema econômico.
Os consumidores competirão entre si para pegar os poucos produtos em circulação e aumentar os preços. Por volta dos anos 70, houve o surgimento de um novo fenômeno de inflação chamado Estagflação, isto é, estagnação e inflação. Até há pouco tempo as fases de estagnação eram acompanhadas por uma política chamada “stop and go”, ou seja, frenagem brusca no caso de demanda global exuberante e depois reiniciadas. com manobras de expansão, estimulando o consumo e os investimentos.
Agora, em muitos países, há taxas de inflação significativas e, ao mesmo tempo, recessões mais ou menos graves, com consequente desemprego. A inflação é considerada uma coisa ruim para toda a economia porque determina efeitos negativos na formação da poupança, no cálculo econômico das empresas e, finalmente, na distribuição de renda, porque prejudica os trabalhadores de renda fixa. Além disso, a inflação desestimula a poupança de forma monetária, pois os poupadores vêem o poder de compra do dinheiro diminuído.
Portanto, em períodos de inflação, a poupança monetária é colocada na compra dos chamados bens “abrigos”, Ex.: casa, ouro. As conseqüências mais sérias dizem respeito à equidade na distribuição de renda, já que a inflação prejudica os ganhadores de renda fixa que sentem a erosão de seus salários em tempo real. Por outro lado, os rendimentos variáveis adaptam-se mais rapidamente à inflação, especialmente se for possível aumentar os preços.
Outro efeito perverso da inflação é Arrastamento Fiscal ou dano fiscal. Isso, na prática, quando a renda aumenta apenas nominalmente, mas não realmente, ou seja, sem mudar seu poder de compra, é aplicada uma alíquota mais alta, proporcional ao aumento da renda. Nestes casos, o governo é solicitado pelos sindicatos dos trabalhadores para corrigir as taxas de imposto periodicamente. Outro efeito negativo da inflação diz respeito ao comércio internacional. De fato, haverá uma perda de competitividade internacional. Os preços dos produtos nacionais serão maiores do que os produtos estrangeiros. Como resultado, as exportações serão menores e as importações, mais altas.
Como a inflação pode beneficiar um país
Fazem várias décadas que a inflação se tornou um dos temas da economia mais abordado em todo o mundo. Ela tem muito a nos dizer sobre a situação econômica de um país. A utilização do termo inflação pode possuir vários significados, tudo vai depender do contexto em que a mesma estiver sendo utilizada. Vários especialistas do setor econômico acreditam que taxas equilibradas de inflação são muito importantes e servem como uma espécie de impulsionador do mercado comercial de consumo. As variações nos níveis de valores que são gastos em compras de produtos e serviços possuem papel fundamental no crescimento de uma economia.
O maior banco mundial costuma realizar pesquisas e estudos sobre as futuras taxas de inflação dos Estados unidos e também reconhece a importância que esse assunto possui para a economia. O maior banco norte-americano afirma que uma taxa de inflação pequena e que cresce gradualmente, devagar, costuma manter as empresas sólidas no mercado produzindo mais lucro, e sempre pensando a longo prazo, e eles também afirmam que a função mais importante da inflação, é evitar o fenômeno da deflação. Já especialistas de outra corrente financeira filosófica acredita que a inflação não é algo bom, ao contrário, só traz prejuízos e é um indicador de que a economia não vai nada bem.
Um dos argumentos mais frequentes é de que o aumento dos preços dificulta o investimento nas poupança, levando os indivíduos a se engajarem em estratégias de investimento mais arriscadas para aumentar ou mesmo manter sua riqueza. Alguns afirmam que a inflação beneficia algumas empresas ou indivíduos em detrimento da maioria dos outros.
Como os economistas costumam descrever o fenômeno da inflação
Você pode ouvir o termo “inflação” utilizado para descrever o impacto do aumento dos preços do petróleo ou dos alimentos na economia. Por exemplo, se o preço do petróleo passar de R$60 o barril para R$ 85 o barril, os preços dos insumos para as empresas aumentarão e os custos de transporte para todos também apresentaram elevação. Isso pode fazer com que muitos outros preços subam em resposta. Porém, boa parte dos economistas descreve um efeito um pouco diferente quando fala sobre inflação.
A inflação é também uma função da oferta e da procura de dinheiro, o que significa que produzir relativamente mais reais ou a moeda em vigor no país em questão, faz com que cada valor dessa moeda passe a valer menos, fazendo com que o nível geral de preços aumente.
Muitos outros aspectos da inflação, em especial aspectos técnicos são abordados quando um economista estuda o que é considerado como inflação. Tudo está relacionado também, a situação econômica e política de cada país, já que cada nação possui problemas e dilemas específicos. Mas o fato é que desde a pessoa mais leiga, até um especialista nesse assunto concordam que o mesmo afeta diretamente a vida das pessoas e sem sombra de dúvida merece nossa atenção, para que venhamos a aprender um pouco mais sobre a inflação, suas causas, efeitos e conceito dentro da economia.