É muito comum abrirmos portais de notícias direcionados aos setores econômicos e políticos com artigo e notícias falando sobre a inflação e a deflação. E é ainda mais comum encontrar pessoas leigas em relação a esses temas, que acabam por confundí-los. Embora os termos sejam muito parecidos, tanto na escrita, quanto na pronúncia, possuem significados distintos, e devemos ressaltar que mais do que isso, um é basicamente o oposto do outro. Por essa razão é muito importante entender o que é deflação e também a definição de inflação. Neste caso a deflação é o processo inverso em uma comparação ao fenômeno da inflação. Uma das notícias mais frequentes em relação a deflação, são as relacionadas a situação econômica do Japão.
O país que já teve que se reconstruir diversas vezes em razão de desastres e guerras, vem apresentando uma elevação no valor de sua moeda. E para entender melhor este fenômeno, elaboramos uma explicação completa sobre a definição de deflação, suas causas, objetivos e principais características. Ao final abordaremos também a diferença entre deflação e inflação.
O que é deflação
A deflação, como mencionamos acima é o movimento inverso a inflação. É quando os preços diminuem de uma forma generalizada. Sempre que existe uma queda de pelo meno 10% em um mês para 1%, isso significa que uma deflação pode ser identificada. Então podemos dizer que a deflação, é quando a inflação passa a apresentar um número negativo. A deflação faz com que o dinheiro ganhe valor, ou seja, a moeda passa a valer mais , e por essa razão, países que atravessam um período de deflação costumam ter o mercado muito aquecido, já que com acesso ao dinheiro a população naturalmente consumir mais bens de consumo e serviços.
]Em uma visão superficial defendida por algumas pessoas, ter uma população que consome muito pode ser algo bom, já que gera mais lucros e fomenta a movimentação do dinheiro, mas precisamos analisar todo o contexto, para identificar os prós e contras, pois assim como a inflação, a deflação também possui pontos negativos e positivos. Afinal de contas, o problema não é a existência da inflação ou da deflação, e sim quando ambos os fenômenos ocorrem de uma forma muito intensa, isto é, em um nível muito elevado, resultando em uma desestabilização da economia, que afeta também o setor social de uma nação.
Muitos especialistas em economia e política afirmam que a deflação costuma está intimamente ligada a períodos de recessão. E se voltarmos nossa mente para alguns momentos históricos, como foi o caso da Grande Depressão que ocorreu no século passado, iremos identificar que logo após este período marcante, houve uma deflação.
Consequências da deflação, segundo a visão Keynesiana
- Entre as consequências negativas que podem ser geradas pela deflação está a queda desequilibrada dos preços no mercado local de um país;
- Mesmo que o valores baixam, ainda sim a população não irá comprar, e com a queda das vendas, as empresas tem que demitir funcionários para poupar gastos;
- Se as pessoas perdem seus empregos, não terão renda para comprar produtos e serviços;
- Vários setores começam a apresentar queda no lucro;
- para vender mais, as empresas e lojistas diminuem os preços dos bens de consumo e serviços, para que as possam possam comprar mais;
- Porém com a queda no valor dos bens de consumo e serviços, cai também as comissões dos funcionários que trabalham no comércio, que deixaram, por exemplo, de almoçar em restaurantes;
- os restaurantes, para atrair mais clientes começa a investir em promoções, oferecendo comida abaixo do valor de mercado;
- Como a comida passa a ser vendida com um preço menor, os proprietários de restaurante não poderão ter despesas extras, como comprar um novo carro, por exemplo;
- Em consequência disto, cai também a quantidade de carros vendidos em território nacional;
- Sem acesso a carro, as famílias viajaram menos e consequentemente gastaram menos em agências de viagens, hotéis, restaurantes e etc;
- E assim continuamente.
Note que um evento resulta em outro, é uma espécie de ciclo vicioso, que precisa de medidas ou políticas monetárias para ser controlado. Observe como a queda dos preços pode desencadear uma série de outros desequilíbrios que resultarão em uma economia frágil e instável. Ou seja, não é bom que os preços estejam muito altos, como ocorre na inflação ou na hiperinflação. E também não é algo positivo, possuir preços muito abaixo do valor do mercado, como ocorre em situações de grande deflação. Esses exemplos de deflação serve para ilustrar como esse fenômeno pode ser nocivo para uma economia. Lembrando que estas consequências são defendidas pela visão Keynesiana.
A visão da escola de Chicago e da Escola Austríaca sobre o que é deflação
Existem também duas escolas de extrema importância para a economia, a escola de Chicago e a Austríaca, que também possuem seus próprios conceitos.
Segundo essas duas escolas tão relevantes, a deflação é um fenômeno monetário que ocorre em razão da retração monetária, e também a elevação do potencial de produção, que possibilita a confecção de uma quantidade maior de bens de consumo através dos mesmos recursos.
Como na deflação, a quantidade de dinheiro em circulação diminui, passa a acontecer uma queda generalizadas nos preços dos bens de consumo e serviços, fazendo com que os mesmos se tornem bem mais baratos, para que possam ser vendidos mais facilmente. Todos esses eventos fazem com que o dinheiro passe a ter mais valor, ou seja, com pouco dinheiro é possível comprar mais produtos ou contratar mais serviços, se comparado ao seu valor de partida.
As fábricas e os demais produtores de mercadorias irão buscar por meios mais econômicos de produzir seus ativos, e isso implica em corte de gastos, compra de matéria prima mais inferior e barata, demissão de funcionários, corte de comissão por venda ou produtividade para os funcionários. Todas essas medidas são tomadas para que o preço final do produto seja menor. Como a concorrência dentro do mercado precisa se manter vendendo e gerando lucro, todas as empresas passaram a vender os produtos muito mais barato, o que gerará a queda dos preços de uma forma generalizada. Esses eventos são parte do sinônimo de deflação.
Um outro exemplo, que caracteriza uma consequência da deflação, e mais do que isso, o resultado da velocidade com que o capitalismo produz versões mais modernas de um mesmo produto, é a queda nos preços da TVs de led e dos Smartphones. Conforme novas versões com mais recursos são lançadas, mais barato fica as versões anteriores, e isso não significa necessariamente que existem muitas diferenças entre as últimas versões lançadas. Ou seja, o capitalismo, acaba sendo um sistema insustentável, já que um dia, a conta desse aceleramento exacerbado e competitividade sem limites vêm.
A deflação é o desaquecimento da economia?
Algumas pessoas associam a falta de aquecimento na economia com o fenômeno da deflação. Na verdade este é mito, que tem sua origem na desestabilização econômica, que costuma acontecer logo país momentos de minimização da inflação. Vale lembrar que tanto a inflação, como a deflação podem ser utilizados como políticas econômicas para estabilizar novamente a economia, buscando o equilíbrio da mesma. Diversas medidas contra a deflação podem ser tomadas para o bem de uma economia.
Explicando a definição de deflação como uma tendência natural
O fenômeno da deflação é considerado a tendência natural de toda a moeda, desde que nenhum capital extra seja impresso. No caso dessa deflação natural, os preços sofrem uma redução lenta e já pré deduzida, então a indústria como um todo não sofre tanto impacto. Já quando a inflação ocorre, o impacto costuma ser mais e normalmente atinge os setores dependentes da economia, muito mais rapidamente.
Possíveis vantagens da deflação “natural”
a taxa de imposto inflacionária deixa de ser cobrada, e o capital passa a ganhar valor pouco a pouco. Enquanto que nos períodos de inflação existe uma grande desvalorização da moeda, e o aumento dos preços, faz com que o salário das pessoas perca poder de compra e consumo. No conceito de deflação natural, esses eventos fazem com que os indivíduos tenham menos dependência de em relação a aplicações em entidades não honestas ou com perfil desconhecido. As poupanças por exemplo, são muito prejudicadas em temos de inflação, pois o dinheiro depositado perde valor. Por essa razão os períodos de inflação costumam desmotivar o investimento em uma série de tipos de poupanças.
A diferença entre inflação, reflação, deflação e desinflação: Entenda o que são e suas diferenças
A característica da deflação mais relevante, como mencionamos diversas vezes anteriormente, é que a mesma é o inverso da inflação. Enquanto que na inflação, existe um aumento generalizados dos preços dos bens de consumo e serviços disponíveis no mercado; na deflação, existe uma diminuição generalizadas de tais preços. A inflação,a deflação, de inflação e deflação são conceitos ligados a variação dos preços. Sendo que a inflação e a reflação são movimentos para cima, e a desinflação e a deflação se movimentam para baixo.
Para que uma análise de variação dos preços possa ser realizadas, é necessário considerar um período base. Por essa razão, todos esses quatro conceitos podem ser utilizadas de forma relativa, a depender do período de referência que foi definido. O período em que um determinado produto, por exemplo, o quilo da laranja, tem o seu preço estável pode ser utilizado como um período de referência e tal preço também pode servir como referência, já que existe uma estabilidade. Vamos imaginar em nosso exemplo ilustrativo que, o quilo da laranja está por 5 reais. Agora que já temos um bom exemplo, vamos explicar o que ocorre com o preço da laranja, para conceituar o que é deflação, inflação, desinflação e reflação.
Inflação
O quilo da laranja vai subir pouco a pouco, e em poucas semanas dobra, passando a custar dez reais. O movimento da subidas do preços de uma forma geral no mercado, é chamado de movimento inflacionário.
Desinflação
Logo após o aumento do preço no período inflacionário, esse valor começa a cair pouco a pouco, até voltar ao preço de referência que possuía quando existia uma estabilidade. O período de desinflação, pode ser chamado também de desinchação dos preços mais elevados do período anterior.
Deflação
Já o que ocorre na deflação é uma queda do preço da laranja, que antes custava 5 reais o quilo, e agora passa a custar dois reais o quilo. Ou seja, o valor ficar abaixo da metade do valor de referência (os 5 reais). O movimento de queda contínua nos preços é chamado de movimento de deflação. Depressões econômicas podem ser consideradas causas da deflação, assim como outras crises econômicas profundas.
Reflação
Na refração, o valor da laranja )que estava custa dois reis no período de deflação) começa a subir novamente, até alcançar o preço de referência. O movimento do preço rumo a sua recuperação é chamado de movimento reflacionário. E tal alteração revela que um determinado país está saindo de uma recente crise econômica.